A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta quarta-feira a detenção de um homem de 47 anos suspeito da prática de pelo menos dez roubos com recurso a arma de fogo a agências bancárias e estações de Correios na região de Leiria.
Em comunicado, a Directoria do Centro da PJ, sediada em Coimbra, informa que os crimes foram cometidos entre meados de Julho e sexta-feira, tendo o arguido assaltado “várias agências bancárias e estações de correios, nomeadamente nas localidades de Juncal, Évora de Alcobaça, Caranguejeira, Maceira Liz, Alfeizerão e Cela”, nos concelhos de Porto de Mós, Alcobaça e Leiria.
O detido, com antecedentes criminais, “actuava sozinho, usando uma meia de senhora e óculos escuros para ocultar o rosto”, refere a PJ, adiantando que nas diligências foram “apreendidos uma arma de fogo de calibre 7,65 mm, um veículo automóvel, bem como alguns disfarces usados na prática dos crimes”.
Na investigação colaborou o Departamento de Leiria da PJ, acrescenta o comunicado.
Fonte da Directoria do Centro da PJ, onde está sediada a Secção Regional de Combate ao Terrorismo e Banditismo, que liderou esta investigação, informou que o arguido, com residência em Pataias, concelho de Alcobaça, e comercial de profissão, foi detido na Nazaré, “num momento em que caminhava na rua”.
“Foi julgado e condenado por burla, cumpriu pena e estava em liberdade condicional”, afirmou a mesma fonte.
Este responsável esclareceu que dos dez roubos atribuídos ao arguido duas são tentativas à agência do BIC, em Juncal, concelho de Porto de Mós.
“Neste banco, o indivíduo consumou um assalto e voltou mais duas vezes, mas os funcionários reconheceram-no e não abriram a porta”, declarou.
No caso do assalto à agência Millennium BCP na Caranguejeira, Leiria, a fonte da Judiciária referiu que, sob ameaça de arma de fogo, o assaltante exigiu às funcionárias a abertura do cofre, o que, por qualquer razão, não sucedeu.
“Então, obrigou cada uma das funcionárias a fazer no Multibanco da agência um levantamento da respectiva conta pessoal do montante máximo permitido e ficou com esse dinheiro”, acrescentou.
O mesmo responsável destacou que a arma utilizada nos assaltos “estava funcional, tinha munições”.
“Felizmente, foi detectado a tempo quando estava a preparar mais assaltos”, declarou.
O arguido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para a eventual aplicação de outras medidas de coação.
Lusa