Paulo Portas renovou o apelo à maioria da coligação Portugal à Frente nas eleições de 4 de Outubro. O número dois da aliança PSD/CDS, num alerta que seguiu direitinho para os indecisos e para os abstencionistas, frisou que "na recta final da campanha deve imperar e contrastar a nossa moderação com o radicalismo que o desespero de outros está a gerar". Portas deixou o alerta para os "casos de última hora e ao desespero de última hora".
O vice-primeiro-ministro comentou as sondagens sem as referir directamente. E ajudou a fazer uma leitura: "Porque é que a coligação está à frente? Porque está ao centro. E é ao centro que os portugueses querem ser governados". E picou o PS. "À nossa esquerda está um partido que não está ao centro, que é aventureiro, e que já sabe que não vai votar um orçamento que não conhece". Sobre a oposição, novo malhanço: "As oposições dificilmente se entenderão para governar. Mas estão a dizer que se vão entender para deixar o país sem governo, sem orçamento".
Segundo Portas, "para grandes males, grandes remédios. O povo só fica salvo deste aventureirismo dando à coligação uma maioria estável e tranquila", rematou, num jantar-comício da coligação em Coimbra, que juntou apoiantes da PàF. E até ver a coligação está optimista. "Diz a Ciência Política que os indecisos tendem a esperar para ver quem está à frente. E a maioria juntar-se-à a quem vai ganhar não por oportunismo mas por patriotismo. A confiança que temos na coligação vai gerar mais confiança e o desespero mais desespero", garantiu.