Leonardo Jardim, Marco Silva. Não estamos a enumerar os antecessores de Jorge Jesus no Sporting. Falamos dos últimos treinadores portugueses a vencerem o Arsenal de Arsène Wenger em Londres. Sete meses depois de o Monaco de Jardim ter dado uma lição de contra-ataque aos gunners, o Olympiacos de Marco agigantou-se no Emirates e marcou duas vezes após sofrer o golo do empate. Os campeões gregos surpreenderam em Londres, vencendo por 3-2. Marco Silva acabou com a supremacia de Wenger nos duelos com treinadores portugueses (sem contar com Mourinho, o seu pior pesadelo).
Arsenal e Olympiacos conhecem-se bem, pois têm um estranho magnetismo entre elas. É a quarta vez que estão no mesmo grupo nas últimas sete épocas. Claro que Wenger nunca tinha defrontado Marco Silva, mas guardará uma má memória da primeira vez.
O Arsenal entrou forte, mas aos poucos os gregos conseguiram equilibrar o jogo. Quando Pardo, antigo jogador do Sp. Braga, fez o 1-0, o Arsenal já não representava uma ameaça muito grande para a baliza de Roberto. O_remate do colombiano desviou num defesa e traiu Ospina. Os gunners não gostaram do atrevimento e só demoraram dois minutos a empatar o jogo. Walcott apareceu na cara de Roberto e finalizou com sucesso. Aos 40’, Ospina decidiu dar um frango inenarrável após um canto de Fortounis, e a vantagem era novamente dos gregos.
Quando Alexis conseguiu novamente igualar o marcador, a esperança renascia nos londrinos. Que ficariam boquiabertos no minuto seguinte, com Finnbogason a festejar mais um golo do Olympiacos. Inacreditável como este Arsenal consegue, por vezes, ser das equipas mais infantis que se podem ver a este nível. Eram os gregos que saíam do Emirates a festejar.
Vamos deixar Mourinho de lado por uns tempos – até porque essa é uma rivalidade que já ganhou vida própria. A história de Wenger contra treinadores portugueses começou na temporada 2006/07. Os primeiros seis duelos foram sempre travados contra o FC_Porto de Jesualdo Ferreira. O_francês conseguiu três vitórias, um empate e perdeu por duas vezes. Há a realçar que dois dos três triunfos foram goleadas: 4-0 e 5-0, em Londres.
Depois foi Domingos Paciência, no Sp. Braga. Uma vitória para cada lado, na temporada 2010/11 (os gunners alcançaram mais uma goleada, desta vez por 6-0). Na época passada, Jardim levou a melhor sobre o francês. Apesar de o Monaco ter perdido em casa por 2-0, os gauleses tinham vencido por 3-1 em Inglaterra, e o Arsenal foi eliminado nos oitavos-de-final da Champions. No total, 21 golos marcados e nove sofridos para o Arsenal de Wenger.
A superioridade acaba quando mede forças com o Special One. Wenger só conseguiu bater o técnico do Chelsea ao fim de 14 jogos, em Agosto deste ano. Em 15 embates, os gunners têm oito derrotas e seis empates contra os blues.
