Morreu a mãe do génio do “Quem quer ser milionário”

Morreu a mãe do génio do “Quem quer ser milionário”


A mãe de Sérgio Silva estava internada num lar e faleceu esta tarde.


A mãe de Sérgio Silva, o desempregado que ganhou 10 mil euros no concurso da RTP “Quem quer ser milionário”, morreu esta tarde no lar da Santa Casa da Misericórdia onde estava internada.

A história do génio que “limpou” quase todas as perguntas do programa sem ter estudos comoveu o país. Sérgio Silva tinha acabado de conseguir um emprego – até aqui ganhava 178 euros do Rendimento Social de Inserção” – e foi-lhe oferecida uma licenciatura e uma viagem a Paris, que recusou para não deixar de visitar a mãe, que sofria de diabetes e osteoporose, como fazia todos os dias.

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Quando participou no "Quem quer ser milionário", Sérgio estava desempregado e quase todas as semanas era recusado numa entrevista de emprego, contou ao i numa entrevista dava como justificação para situação em que se encontrava a sua idade, 36 anos, e a falta de estudos (nunca chegou a terminar o ensino secundário). 

Foi depois de na manhã em que ia matricular-se no 12.º ano ter sido atropelado por uma moto a alta velocidade e ficado sem andar durante mais de um mês que Sérgio desistiu dos estudos e decidiu tornar-se autodidacta.

Aprendeu a traduzir artigos técnicos de Ciência e Astronomia, fala e lê em quatro línguas e na semana passada respondeu sem precisar de pensar muito a perguntas sobre Geografia, História, Literatura, Música Clássica, Mecânica ou Ciência. Monopolizou o concurso, deixou para trás os outros cinco concorrentes – que mal participaram – e só não levou 100 mil euros para casa porque hesitou numa pergunta: “De que país é originário o queijo Herve de Denominação de Origem Protegida?”. 

O programa da semana passada já tinha sido gravado há dois meses e ao i Sérgio contou que já gastou parte do dinheiro que ganhou no concurso: num roupeiro, um computador e "um stock razoável de comida", para não ter que recorrer às carrinhas de rua, como fazia há meses.

Dois dias antes da morte da mãe, cujo lar pagava com os 178 euros que recebia do Rendimento Social de Inserção, Sérgio tinha recebido a notícia de que a sua vida ia mudar, com uma oferta de emprego num restaurante em Lisboa, com um ordenado de 600 euros, e de uma licenciatura na Universidade Aberta.