O constitucionalista Jorge Miranda defende que devia ser permitido a José Sócrates o direito de votar em casa. A deslocação de Sócrates à mesa de voto pode, na opinião do professor de Direito, criar “perturbação na ordem pública e ser aproveitado politicamente num sentido ou noutro”.
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“Uma pessoa como Sócrates, ou Ricardo Salgado, ir votar escoltado pela polícia causa sempre perturbação na mesa de voto”, afirma o constitucionalista.
Jorge Miranda considera que Sócrates e Ricardo Salgado estão no mesmo plano. “Irem à assembleia de voto não é conveniente em clima eleitoral. A hipótese de que sejam insultados ou aplaudidos não é conveniente para a serenidade do acto eleitoral”, defende Jorge Miranda.
O constitucionalista lembra que os polícias que estão obrigados a acompanhar José Sócrates e Ricardo Salgado não se podem aproximar das mesas de voto e acrescenta ainda que o facto de um cidadão ir votar acompanhado pela polícia “é desagradável”.
“O que é mais adequado é votar em casa. Os doentes votam nos hospitais. Os acamados votam em casa. Os condenados votam na prisão. Por analogia, deveria ter sido decidido que os presos em prisão domiciliária deveriam votar em casa”, diz o constitucionalista.
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