Sérgio Conceição foi apresentado esta quarta-feira como treinador do Vitória de Guimarães. O antigo internacional português, que treinou Sp. Braga na época passada, confessou que era "impensável" recusar o convite dos conquistadores.
Depois de ter levado os guerreiros à final da Taça, Conceição entrou em conflito com o presidente do Sp. Braga, António Salvador, e foi despedido. Agora regressa ao banco, e logo do rival minhoto. Para a coincidência ser ainda maior, é precisamente contra o Braga que Conceição se vai estrear no Guimarães, este domingo, no dérbi do Minho: "Qualquer adepto quer ganhar. Não estou no Vitória para alcançar vitórias morais ou ter frases bonitas. Erro todos os dias, mas tento não errar uma segunda vez. Na última época estava noutro clube, queria muito ganhar e defendia-o até à morte. Agora estou no Vitória. É verdade que utilizei palavras que não foram bonitas, nem aceitáveis, mas foi a forma que encontrei de equilibrar as forças. Sabia bem qual era a força do Vitória, aquilo foi um mind game".
Com cinco jornadas disputadas, os vimaranenses estão no 13.º lugar, com apenas seis pontos. "O objectivo passa por ganhar jogo a jogo, o nosso próximo jogo é domingo e queremos ganhar. Toda a gente sabe o trajecto do Vitória, é um clube que deve estar na Europa, até pela questão financeira. É importante estar na Liga Europa", afirmou o novo técnico dos conquistadores.
Conceição admitiu ainda que a sua paixão pelo V. Guimarães já vem de trás: "Quando ainda jogava em Itália dei uma entrevista a dizer que só voltaria para jogar em Portugal se fosse num de dois clubes: o FC Porto ou o Vitória. E disse o Vitória por causa da massa adepta, que é única, que tem muito a ver comigo, com esta paixão pelo trabalho."
