Portas dá Estaleiros de Viana como exemplo de “gestão privada mais eficiente”

Portas dá Estaleiros de Viana como exemplo de “gestão privada mais eficiente”


“Prestámos um serviço à estratégia industrial para Portugal”, disse Portas, que considera os estaleiros um exemplo de “economia do século XXI”.


O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, visitou esta quarta-feira os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que considerou um exemplo de "gestão privada mais eficiente" e de "economia do século XXI", após a privatização.

"Prestámos um serviço à estratégia industrial para Portugal. Portugal é um dos países com mais responsabilidades marítimas na União Europeia, vamos ter uma plataforma continental muito relevante e maior, seria um disparate completo perdermos a capacidade de construção naval", afirmou Paulo Portas.

Para o também vice-primeiro-ministro, os ENVC são um exemplo de "economia do século XXI" e "gestão privada mais eficiente", argumentando que o actual Governo herdou um "prejuízo diário de 110 mil euros, um passivo superior a 250 milhões de euros, um plano de despedimentos já assinado pelo anterior Governo e um problema muito sério em Bruxelas visando auxílios de Estado".

"Faço esta visita aos ENVC com uma certa emoção porque estes estaleiros que correram risco de vida são essenciais na construção e reparação naval de Portugal, que é um país oceânico e marítimo, estão vivos, estão com trabalho e estão com trabalhadores", disse.

De acordo com Paulo Portas, actualmente, os estaleiros têm quatro navios em construção, dois para turismo no Douro e dois de patrulhamento marítimo da Marinha portuguesa e empregam 220 pessoas directamente e 283 através de subempreiteiros, sendo que a força de trabalho é composta por um terço de trabalhadores que estiveram ao serviço dos antigos estaleiros.

"O ministro Aguiar-Branco estava certo quando defendeu a reestruturação", disse o presidente centrista.

A WestSea, empresa criada pelo grupo Martifer, que em 2013 venceu o concurso de subconcessão daquele estaleiro lançado governo português, assumiu os terrenos e infra-estruturas da empresa pública no dia 2 de Maio de 2014, pagando uma renda anual de 415 mil euros.

Neste processo, abandonaram os ENVC mais de 600 trabalhadores, através de um processo de rescisões amigáveis.

Em Maio último a Comissão Europeia anunciou que as ajudas atribuídas pelo Estado aos ENVC, violavam "as regras de auxílios estatais da União Europeia", ao distorciam a concorrência no mercado único.

Lusa