O Vaticano vai içar a sua bandeira na sede da ONU pela primeira vez na próxima sexta-feira, pouco antes da chegada do Papa Francisco ao edifício, anunciou esta segunda-feira a Santa Sé.
O Vaticano e o Estado palestiniano são os dois únicos representantes nas Nações Unidas com estatuto de observador – e não como membros de pleno direito – e, até há poucos dias, nenhum podia içar a sua bandeira na sede da ONU, nas Nações Unidas.
Ainda assim, a Assembleia-geral aprovou a 10 de Setembro uma alteração às normas da ONU para que os observadores da organização possam unir a sua bandeira à dos outros 193 membros da organização.
A iniciativa foi lançada pela representação palestiniana, e contou com o voto negativo da Santa Sé, que afirmou, ainda assim, que reservaria a decisão de usar do novo direito mais tarde.
Num comunicado difundido esta segunda-feira, citado pela agência espanhola Efe, a representação do Vaticano diz que acordou içar a bandeira na manhã do dia 25 de Setembro, horas antes da chegada do Papa Francisco, não realizando qualquer cerimónia: "Nesse dia, o pessoal da ONU levantará a bandeira juntamente com as restantes", lê-se na declaração.
A 30 de Setembro será a vez da bandeira da Palestina ser içada, no âmbito do discurso do líder palestiniano, Mahmud Abbas, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, cuja reunião anual deverá contar com a presença de cerca de 140 líderes mundiais.
Lusa