“Nós nunca seremos oposição ao país”. Foi desta forma que Passos Coelho reagiu ao anúncio de António Costa de que não viabilizará o Orçamento de Estado do próximo ano, se este for feito pelo PSD/CDS. O líder da coligação Portugal à Frente não garantiu de forma clara se viabilizaria um Orçamento feito por um governo socialista, mas nestas coisas nada como lembrar o passado para antecipar o futuro.
“A melhor resposta que posso dar é ver o comportamento que tive enquanto era líder da oposição”, sublinhou Passos, no final de uma visita ao centro histórico de Sintra, esta manhã, na qual foi acompanhado pelos ministros Luís Marques Guedes e Paula Teixeira da Cruz, pelo secretário de Estado da Cultura Jorge Barreto Xavier e pelo ex-autarca de Sintra, Pedro Pinto.
Passos Coelho recordou a abertura e a disponibilidade para o diálogo que, enquanto líder do maior partido da oposição, manteve com o seu antecessor, José Sócrates, nomeadamente para aprovar um aumento de impostos com a contrapartida de que o Estado iria cortar na despesa, dando como exemplo o corte de 5% nos rendimentos dos políticos.
Mas Passos Coelho não quer ouvir falar em perder eleições. O ainda primeiro-ministro fez questão de sublinhar isso mesmo: “Estamos a querer encontrar um resultado para esta coligação que nos permita governar em melhores condições. Esse é o objectivo. Não é especularmos se perdemos as eleições”, clarificou.
Já na intervenção que antecedeu o almoço com militantes e simpatizantes do PSD e do CDS, o líder dos sociais-democratas sinalizou mais uma vez o objectivo da coligação para estas eleições: uma maioria para que o país não fique dependente de partidos que criam rupturas.
Em dia de eleições na Grécia, precipitadas pela demissão do governo liderado por Alexis Tsipras, Passos Coelho partilhou uma certeza: “Sei que os próximos três anos na Grécia vão ser anos de muitos sacrifícios e de austeridade. Mas os próximos quatro anos em Portugal vão ser anos de crescimento para os portugueses”., garantiu.