Num comunicado, aquele organismo refere que o acidente aconteceu pelas 21:07 horas locais de quinta-feira (0:37 horas de hoje em Lisboa), envolvendo um avião de fabrico russo, pilotado pelos capitães Ronald Ramirez e Jackson Garcia, que se despenhou quando "cumpriam o sagrado dever de custodiar o nosso espaço aéreo soberano".
O documento indica que "se activou o sistema de defesa aérea integral, ao detectar que uma aeronave ilícita entrou na região norte-ocidental do país, em direcção ao sul, ao limite fronteiriço com a República da Colômbia, zona onde máfias ligadas ao narcotráfico pretendem utilizar o nosso território como plataforma de distribuição de drogas do vizinho país para a América Central e as Caraíbas".
A aeronave “despenhou-se a terra, sem que se conheça a situação dos pilotos”, refere a Venezuela, que assegura o empenho das suas Forças Armadas no combate ao narcotráfico e ao paramilitarismo que se verifica na zona.
No passado dia 24 de Agosto, as autoridades venezuelanas decretaram o estado de emergência em seis municípios fronteiriços com a Colômbia, justificando a medida com o combate a grupos paramilitares, ao narcotráfico e ao contrabando.
Entretanto o estado de emergência foi expandido a 20 municípios, abrangendo os Estados venezuelanos de Táchira, Zúlia e parte de Apure.
Desde o encerramento da fronteira, pelo menos 1.355 colombianos foram repatriados e mais de quinze mil abandonaram a Venezuela voluntariamente, segundo fontes não oficiais.
O encerramento tem gerado preocupação em organismos internacionais como a União de Nações da América do Sul (Unasul) e a União Europeia.
Lusa