Nos anos 50, os jogadores descontam para o fundo de desemprego mas são considerados amadores. Uma subtil ironia de outros tempos… No Sporting, por exemplo, Travaços e Vasques são sócios da mesma empresa e Carlos Gomes é empregado do comércio. No Benfica, José Águas é estudante e Arsénio torneiro-mecânico. No FC Porto, Barrigana é corticeiro e Monteiro da Costa funcionário municipal. No Belenenses, Matateu é empregado de escritório e Sério funcionário corporativo. Em Espanha, nesse tempo, um futebolista já é profissional e ganha cinco contos por mês. Por isso, o extremo-esquerdo húngaro Licker (o da ponta direita, ao lado de Matateu) é o primeiro profissional de futebol em Portugal, contratado pelo Belenenses, para a época 1951-52. Faz parte do quinteto de avançados mas volta a casa no ano seguinte.
12 de Setembro de 1951. Licker, o primeiro profissional
Extremo-esquerdo húngaro só dura um ano no Belenenses
