Nowitzki: addio, adieu, auf wiedersehen, goodbye

Nowitzki: addio, adieu, auf wiedersehen, goodbye


Lágrimas em Berlim na despedida do alemão, autor de 2912 pontos em 141 internacionalizações desde 1997


Quando a buzina toca pela enésima e última vez, acaba-se tudo. Berlim, 10 de Setembro de 2015. É o fim da linha para um jogador de alto gabarito. É ele Dirk Werner Nowitzki (lê-se assim, com a língua bem treinada dɪʁk vɛʁnɐ noˈvɪtski). A Alemanha acaba de perder por um ponto com a Espanha e não passa da fase de grupos do Eurobasket-2015.

Aliás, comecemos pelo início. Este Europeu é sui generis. O grupo A é em Montpellier (França), o B em Berlim (Alemanha), o C em Zagreb (Croácia) e o D em Riga (Letónia). Uau, quatro cidades de países tão díspares. Começa amanhã os oitavos-de-final mais quartos, meias e final. Onde? Lille. Uau, uma quinta cidade.

O último dia é de decisões e a Espanha tem obrigatoriamente de ganhar à Alemanha caso queira ultrapassar a mini-crise de identidade e resultados, provocada pelas derrotas com Sérvia e Itália. A vitória sorri aos espanhóis, com muito drama e sofrimento pelo meio (77-76). Segue em frente. Já a Alemanha está fora. E é o momento ideal para Nowitzki dizer adeus aos 37 anos de idade, com um total de 2912 pontos em 141 internacionalizações. E títulos? Nem vê-los, até porque a Alemanha apanha gerações óptimas da Grécia, depois Espanha e agora França.

Internacional desde 1997, é lançado às feras em 1999, com 21 anos de idade, em pleno Europeu em França, onde é o melhor marcador dos três jogos da fase de grupos. Só falha esse registo nos quartos-de-final, com a Jugoslávia. Voltaria mais forte em 2001, como melhor marcador do Europeu e presença no cinco ideal. No ano seguinte, por ocasião do Mundial nos EUA, a Alemanha chega às meias-finais (eliminada pela Argentina) e Nowitzki alcança o bronze, aliado ao título de melhor marcador (24 pontos/jogo) mais a entrada no cinco ideal da competição. Este último pormenor acompanhá-lo-ia no Mundial-2006 e Euro-2007. Antes, em 2005, Nowitzki leva a Alemanha à final, perdida para a Grécia (78-62). Em todos os jogos, incluindo a final, é ele o melhor marcador do jogo. E, às vezes, aquele com mais ressaltos.

Na despedida, 10 pontos, sete ressaltos e uma assistência em 24 minutos. Quando a tal buzina soa, acenos e lágrimas. Foi um prazer, ò dɪʁk vɛʁnɐ noˈvɪtski.