As eleições presidenciais


A estratégia dos partidos foi colocar as presidenciais entre parênteses, com receio de que esse debate prejudicasse as eleições legislativas. Essa estratégia, manifestamente, não resultou. Sampaio da Nóvoa avançou em Abril, com o beneplácito de António Costa, procurando secar o espaço à sua esquerda. O que conseguiu com esse avanço foi, pelo contrário, acantonar o…


A estratégia dos partidos foi colocar as presidenciais entre parênteses, com receio de que esse debate prejudicasse as eleições legislativas. Essa estratégia, manifestamente, não resultou. Sampaio da Nóvoa avançou em Abril, com o beneplácito de António Costa, procurando secar o espaço à sua esquerda.

O que conseguiu com esse avanço foi, pelo contrário, acantonar o PS à extrema-esquerda, alienando o centro. Mas, como a política tem horror ao vazio, Maria de Belém avançou e ocupou esse espaço, transformando o PS num partido dividido ao meio. Neste momento, a passagem de Nóvoa à segunda volta depende do apoio inicial do PCP, o que reforça o peso político deste partido, que pode condicionar esse apoio a uma coligação de governo com o PS.

À direita, Passos Coelho tudo tentou para impedir o avanço de Marcelo Rebelo de Sousa. Este, no entanto, foi fazendo o seu caminho de forma imparável, destroçando os outros candidatos. Santana Lopes, que ainda há dias criticava ferozmente Marcelo, acabou por se render à evidência e desistiu de uma candidatura que não tinha sequer apresentado. Já Rui Rio, que tem chegado ao ponto de nos dar a conhecer periodicamente as percentagens da sua indecisão, mantém-se, como é habitual, indeciso, mas dificilmente conseguirá parar o avanço de Marcelo. O candidato presidencial desta área será, assim, o menos desejado pelos partidos da coligação.

Se nas legislativas não houver uma maioria clara, o debate presidencial vai condicionar totalmente a formação do novo governo.

Escreve à terça-feira 

As eleições presidenciais


A estratégia dos partidos foi colocar as presidenciais entre parênteses, com receio de que esse debate prejudicasse as eleições legislativas. Essa estratégia, manifestamente, não resultou. Sampaio da Nóvoa avançou em Abril, com o beneplácito de António Costa, procurando secar o espaço à sua esquerda. O que conseguiu com esse avanço foi, pelo contrário, acantonar o…


A estratégia dos partidos foi colocar as presidenciais entre parênteses, com receio de que esse debate prejudicasse as eleições legislativas. Essa estratégia, manifestamente, não resultou. Sampaio da Nóvoa avançou em Abril, com o beneplácito de António Costa, procurando secar o espaço à sua esquerda.

O que conseguiu com esse avanço foi, pelo contrário, acantonar o PS à extrema-esquerda, alienando o centro. Mas, como a política tem horror ao vazio, Maria de Belém avançou e ocupou esse espaço, transformando o PS num partido dividido ao meio. Neste momento, a passagem de Nóvoa à segunda volta depende do apoio inicial do PCP, o que reforça o peso político deste partido, que pode condicionar esse apoio a uma coligação de governo com o PS.

À direita, Passos Coelho tudo tentou para impedir o avanço de Marcelo Rebelo de Sousa. Este, no entanto, foi fazendo o seu caminho de forma imparável, destroçando os outros candidatos. Santana Lopes, que ainda há dias criticava ferozmente Marcelo, acabou por se render à evidência e desistiu de uma candidatura que não tinha sequer apresentado. Já Rui Rio, que tem chegado ao ponto de nos dar a conhecer periodicamente as percentagens da sua indecisão, mantém-se, como é habitual, indeciso, mas dificilmente conseguirá parar o avanço de Marcelo. O candidato presidencial desta área será, assim, o menos desejado pelos partidos da coligação.

Se nas legislativas não houver uma maioria clara, o debate presidencial vai condicionar totalmente a formação do novo governo.

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