É um provérbio que faz todo o sentido no desporto: até ao lavar dos cestos é vindima. Seja por um golo nos descontos, um golpe que deixe o adversário KO, um sprint final ou um lançamento na última oportunidade, tudo pode acontecer e mudar a ordem dos acontecimentos.
Foi isso que se passou na final do lançamento do dardo feminino nos Mundiais de Atletismo em Pequim, com a chinesa Huihui Lyu e a alemã Kathrina Molitor a trocarem lideranças até ao resultado final. Se a asiática fez 64,72 metros no terceiro ensaio, a europeia respondeu com 64,74. Se Lyu elevou o número no quinto ensaio com uma marca de 66,13 metros, Molitor garantiu definitivamente o ouro no último lançamento da prova com uma marca de 67,69 metros. Foi a melhor marca do ano e mais do que suficiente para desiludir os milhares de chineses que estavam no estádio e superar o recorde continental de Lyu.
A sul-africana Sunette Viljoen ficou com a medalha de bronze com uma marca de 65,79 metros. Fora das medalhas ficou a candidata alemã Christina Obergföll, com 64,61 metros.
