China: a bomba


Durante anos procurava-se uma análise lúcida e fria sobre a China e apenas se encontravam… banalidades. Os “analistas” que ocupavam o palco e todo o tempo de antena dos media mainstream apenas alcançavam produzir banalidades lineares sem espessura e outras asneiras grossas. A intoxicação da opinião pública ocidental foi um êxito total. Daí a surpresa…


Durante anos procurava-se uma análise lúcida e fria sobre a China e apenas se encontravam… banalidades. Os “analistas” que ocupavam o palco e todo o tempo de antena dos media mainstream apenas alcançavam produzir banalidades lineares sem espessura e outras asneiras grossas. A intoxicação da opinião pública ocidental foi um êxito total. Daí a surpresa com que foi recebido esta “black monday” chinesa. 

Claro que existe um ou outro Gordon Chang, com informação de primeira água e de primeira mão, e com a necessária capacidade de a ler através de uma matriz de análise fina, lúcida e fria. Mas para tomar contacto com o trabalho de Chang era e é preciso, como se diz em bom português, “levantar-se cedo”…
No que escrevi sobre a China, nas últimas décadas, nunca a considerei bestial, portanto, também a não vou agora promover a besta. O que se está a passar na China só surpreende aqueles (mas são muitos…) que gostam de ser surpreendidos. 

A China evoluiu muito e muito depressa nos últimos anos. Passou em pouco tempo da corrupção material dos “pragmáticos” herdeiros de Deng à corrupção moral desta nova geração, a dos “príncipes vermelhos”.
Na luta pela liderança desta nova geração dos “fidalgos” do regime, Xi Jinping derrotou o príncipe de Chongqing, Bo Xilai, tornou-se o novo “imperador” comunista, afastou os herdeiros de Deng (quadros pragmáticos mas sem pergaminhos) através de “campanhas contra a corrupção” e alterou todos os equilíbrios internos do imenso “império do meio”… Neste quadro, a crise económica da China tornou-se uma crise política de muito difícil controlo. 

Chegou o momento em que não se pode continuar a olhar a realidade chinesa com óculos cor-de-rosa (comprados na “loja do chinês”), mas imperativamente com olhos de ver. E perceber que do que for agora decidido pelo imperador de Pequim e seus mandarins depende o futuro próximo da chamada globalização… 

A atenção aos “sinais fracos” e uma adequada matriz geopolítica são indispensáveis para não se voltar a cair nas costumeiras banalidades lineares sem espessura e outras asneiras grossas, mas insuportavelmente caras.

Director de comunicação

China: a bomba


Durante anos procurava-se uma análise lúcida e fria sobre a China e apenas se encontravam… banalidades. Os “analistas” que ocupavam o palco e todo o tempo de antena dos media mainstream apenas alcançavam produzir banalidades lineares sem espessura e outras asneiras grossas. A intoxicação da opinião pública ocidental foi um êxito total. Daí a surpresa…


Durante anos procurava-se uma análise lúcida e fria sobre a China e apenas se encontravam… banalidades. Os “analistas” que ocupavam o palco e todo o tempo de antena dos media mainstream apenas alcançavam produzir banalidades lineares sem espessura e outras asneiras grossas. A intoxicação da opinião pública ocidental foi um êxito total. Daí a surpresa com que foi recebido esta “black monday” chinesa. 

Claro que existe um ou outro Gordon Chang, com informação de primeira água e de primeira mão, e com a necessária capacidade de a ler através de uma matriz de análise fina, lúcida e fria. Mas para tomar contacto com o trabalho de Chang era e é preciso, como se diz em bom português, “levantar-se cedo”…
No que escrevi sobre a China, nas últimas décadas, nunca a considerei bestial, portanto, também a não vou agora promover a besta. O que se está a passar na China só surpreende aqueles (mas são muitos…) que gostam de ser surpreendidos. 

A China evoluiu muito e muito depressa nos últimos anos. Passou em pouco tempo da corrupção material dos “pragmáticos” herdeiros de Deng à corrupção moral desta nova geração, a dos “príncipes vermelhos”.
Na luta pela liderança desta nova geração dos “fidalgos” do regime, Xi Jinping derrotou o príncipe de Chongqing, Bo Xilai, tornou-se o novo “imperador” comunista, afastou os herdeiros de Deng (quadros pragmáticos mas sem pergaminhos) através de “campanhas contra a corrupção” e alterou todos os equilíbrios internos do imenso “império do meio”… Neste quadro, a crise económica da China tornou-se uma crise política de muito difícil controlo. 

Chegou o momento em que não se pode continuar a olhar a realidade chinesa com óculos cor-de-rosa (comprados na “loja do chinês”), mas imperativamente com olhos de ver. E perceber que do que for agora decidido pelo imperador de Pequim e seus mandarins depende o futuro próximo da chamada globalização… 

A atenção aos “sinais fracos” e uma adequada matriz geopolítica são indispensáveis para não se voltar a cair nas costumeiras banalidades lineares sem espessura e outras asneiras grossas, mas insuportavelmente caras.

Director de comunicação