Um tribunal militar do movimento islâmico Hamas condenou esta segunda-feira à morte um palestiniano em Gaza por alegadamente ter passado "informações" a Israel que terão levado à morte de palestinianos, segundo fontes do grupo citadas pela agência France Presse (AFP).
O homem, de 28 anos, foi identificado apenas pelas iniciais N. A., e o Hamas, o movimento islâmico que governa o território palestiniano, palco de três guerras com Israel em seis anos, não revelou mais detalhes sobre o processo.
Em Gaza, além das sentenças de morte, o Hamas também já levou a cabo execuções sumárias por colaboração com Israel, por vezes em praça pública
De acordo com a organização não-governamental Centro Palestiniano para os Direitos Humanos, 157 pessoas foram condenadas à morte no território da Autoridade Palestiniana desde a sua criação, em 1994, tendo 32 pessoas sido executadas, incluindo 30 na Faixa de Gaza.
Todas as condenações à morte devem, em teoria, ser aprovadas pelo Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, antes de serem postas em prática, mas o Hamas não reconhece a legitimidade do chefe de estado.
Em Gaza, além de sentenças de morte pelos tribunais, o Hamas também levou a cabo execuções sumárias por colaboração com Israel, por vezes em praça pública.
O episódio mais mediático ocorreu durante a guerra de 50 dias em 2014 entre militantes do território e Israel, quando um pelotão de fuzilamento, com uniformes do Hamas, executou seis pessoas em frente da principal mesquita da Cidade de Gaza.
Segundo a lei palestiniana, a pena de morte pode ser aplicada em casos de homicídio, tráfico de droga ou colaboração com o inimigo.
Lusa