O próximo dia 4 de Outubro vai marcar definitivamente o rumo do nosso futuro. Os caminhos estão bem definidos, mas o objectivo, enquanto país, só pode ser um: não permitirmos que nos façam novamente passar pelos duros sacrifícios da maior crise financeira a que já assistimos.
Não pode haver futuro sem memória, por isso convém recordarmos que não foi por obra do acaso que, naquele dia 6 de Abril de 2011 às 20h38, Sócrates assumiu o KO de Portugal. Houve um caminho de irresponsabilidade que nos conduziu a este forçoso destino.
Os casos são conhecidos: PPP, Parque Escolar, dívida escondida das contas públicas, entre outros tantos episódios que na altura eram o “caminho para o desenvolvimento”, mas que na realidade se revelaram numa queda muito aparatosa. “Fatal como o destino” como recordou, mais tarde, Teixeira dos Santos.
O Portugal de hoje, passados quatro anos de uma violenta crise, é muito diferente. Hoje podemos afirmar que ultrapassámos as dificuldades. Que, mesmo com contestação, ultrapassámos todos juntos a maior crise de que temos memória e, também todos, estamos certos que não podemos repetir a dose.
A economia cresce de forma sustentada e acima da média da UE, o desemprego (ainda elevado) desce consecutivamente, a confiança aumentou.
Há, por isso, uma diferença abismal entre os dois principais projectos políticos. Se de um lado a coligação assume, com os riscos que isso representa, a continuação de um caminho de crescimento e, ao mesmo tempo, de controlo sem grande festa, do outro temos um PS que divide o país entre “nós e eles”.
Poderá um país afirmar-se com base em tão brutal divisão? “Nós e eles”? É isto o que está em causa.
Deputado
Escreve à segunda-feira