A estimativa é da Agência Nacional de Estatísticas da Grécia (ELSTAT) – a mesma que a troika vai obrigar a tornar independente do Governo – e é animadora. O PIB da Grécia cresceu 0,8% no segundo trimestre do ano, e em relação a igual período do ano anterior.
No entanto, os especialistas notam que estes dados são um “olhar para trás”, e que é preciso ter isso em atenção. “A evolução tornou-se significativamente mais negativa durante o mês de Junho”, salientou Daniele Antonucci, uma economista do Morgan Stanley em Londres.
Os analistas consultados pela Bloomberg previam uma contracção da economia grega em 0,5%, nos meses de Abril a Junho. Os números libertados pela ESLTAT não acomodam ainda os efeitos do controlo de capitais, nem contabilizam o comportamento das contas dos bancos nos últimos tempos.
No final de Junho e durante o mês de Julho as condições económicas deterioraram-se significativamente, devido às tensões registadas entre governo helénico e credores internacionais.
David Powell, economista responsável pela zona euro, na Bloomberg, explicava que os números divulgados pela agência grega têm que ser lidos à luz de alguns factores extraordinários, como o facto de a procura interna ter aumentado de forma exponencial, com os gregos a antecipar já as medidas de controlo de capital. “Estes números podem ter sido artificialmente inflacionados”, notou ainda o responsável.
Amanhã, dia 14, o Eurostat publicará as suas estimativas relativas ao crescimento da economia na zona euro.
[notícia actualizada às 12h25 com informações da Bloomberg]