Sampaio da Nóvoa não quis apoio do PS em Abril

Sampaio da Nóvoa não quis apoio do PS em Abril


Primeiro foi Nóvoa a não querer o PS. Mas a situação inverteu-se.


A relação do PS com a candidatura de Sampaio da Nóvoa tem sido, no mínimo, trágica. Quando o reitor lançou a candidatura, em Abril passado, a direcção do PS estava disponível para declarar o seu apoio, notícia que chegou a sair nos jornais. Mas foi o próprio reitor honorário que não quis, porque apostava em implantar uma candidatura independente e a declaração de apoio do PS naquele momento poderia, na sua óptica, prejudicá-lo na conquista de apoios noutras áreas mais conservadoras. Depois de ter sido noticiado, o apoio do PS foi desmentido. A quatro dias da apresentação oficial da candidatura, no dia 25 de Abril, Sampaio da Nóvoa garantia que estava a protagonizar uma “candidatura independente” que avançaria quer fosse ou não apoiada pelo PS. Mas muito cedo Nóvoa recolheu o apoio de Mário Soares e Jorge Sampaio, ex-Presidentes da República, e também de ex-líderes do PS e vários socialistas. A direcção do PS não compareceu na cerimónia oficial, mas o actual director de campanha do PS para as legislativas, Duarte Cordeiro, foi o “enviado especial” da direcção ao acontecimento no Teatro da Trindade, que estava cheio de militantes de base socialistas. 

{relacionados}

Mas a candidatura de Nóvoa nunca foi consensual, mesmo no estado-maior de António Costa. A partir de determinada altura, Costa decidiu suspender a decisão sobre presidenciais até depois das legislativas. Na entrevista que deu ao i no dia 1 de Agosto, Costa afirmava que seria prejudicial para o PS dar o “espectáculo” de ter várias candidaturas presidenciais da sua área política. Agora não se sabe como o tema das presidenciais vai acabar por ser gerido pelo PS. Pode António Costa rejeitar o apoio do PS a uma ex-presidente do partido se existir uma dinâmica na sociedade civil e nas bases do partido? É complicado.