David Neeleman, presidente e fundador da Azul, disse que pode recorrer ao banco estatal brasileiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), para reforçar o controlo da portuguesa TAP, dos 61% previstos até aos 95% possíveis.
Citado pelo “Globo” deste domingo, Neeleman aponta que está a equacionar o apoio do BNDES para assegurar 95% do capital da TAP para o Gateway, cponsórcio através do qual detém a companhia aérea portuguesa e onde conta com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro.
A venda de quase dois terços da TAP ao consórcio liderado por Neeleman foi fechada pelo actual governo a troco de 10 milhões de euros – o equivalente a menos de um euro por passageiro transportado pela empresa portuguesa. No negócio, ficou prevista a obrigação do próximo governo em aceitar o aumento da participação de Neeleman até 95% do capital da transportadora portuguesa. É precisamente isso que o empresário brasileiro quer aproveitar.
O BNDES deverá assim ser o parceiro escolhido por Neeleman para financiar o aumento da fatia controlada na TAP:“Não precisamos disso agora, mas seria bom se a Azul tivesse essa opção, seria um investimento para a Azul”, afirmou Neeleman ao “Globo”.
Renovar PGA Além da aquisição do restante capital da TAP– os 5% em falta estão reservados para os trabalhadores –, o financiamento do BNDES à Azul poderá servir também para o empresário avançar com a renovação da frota da Portugália, antiga transportadora do Grupo Espírito Santo assumida pela TAP. A Portugália deverá abandonar os seis Fokker 100 que ainda restam na frota por mais Embraer (EJ190 e 195).