A polícia norueguesa detonou esta quarta-feira um objecto suspeito de ser uma bomba, encontrado no 'campus' principal da Universidade de Oslo, horas depois de, no mesmo local, um guarda de segurança ter sido atingido a tiro por duas pessoas.
Após uma avaliação preliminar, apesar de o objecto ter sido "obviamente desenhado para parecer uma bomba" e "para criar medo", provavelmente não continha "explosivos reais", segundo explicou Johan Fredriksen, chefe da polícia de Oslo, em conferência de imprensa citada pela agência espanhola EFE.
O objecto foi encontrado na manhã desta quarta-feira, no mesmo local onde um guarda de segurança foi atingido a tiro por duas pessoas pouco antes das 3 horas locais (2 horas em Lisboa).
O funcionário foi atingido no peito por uma de cinco balas de calibre 22 disparadas, mas ficou apenas com ferimentos ligeiros graças ao colete antibalas que vestia, requerimento de segurança depois de, há menos de um ano, se ter verificado outro ataque com armas de fogo no 'campus'.
Segundo o testemunho do guarda, o homem que disparou era branco, de 1,75 metros de altura, falava inglês e usava um boné vermelho e sapatos cinzentos.
A polícia usou robots telecomandados para detonar o artefacto suspeito, e várias ambulâncias e camiões de bombeiros foram mobilizados para o local.
As autoridades impuseram ainda uma proibição de circular num espaço aéreo de 3,7 quilómetros em redor da faculdade a aviões e aparelhos não controlados, ou 'drones'.
Após a detonação controlada, o perímetro de segurança que havia sido imposto sobre uma vasta área do 'campus' da Universidade de Oslo foi levantado.
A polícia abriu uma investigação criminal por tentativa de homicídio pelo ataque ao guarda e tomou posse das imagens das câmaras de vigilância, que ainda não foram analisadas.
Dezenas de agentes varreram a zona com cães treinados, para tentar encontrar objectos pessoais dos agressores, e encontraram um casaco negro que poderá pertencer a um dos atacantes.
Lusa