E se a Marijuana fizer bem aos ossos?

E se a Marijuana fizer bem aos ossos?


Estudo divulgado pela revista LiveScience sugere que a canábis pode fazer bem aos ossos.


A questão centra-se num dos compostos químicos presentes na planta, o canabidiol (CBD), com propriedades medicinais já comprovadas no alívio da dor provocada por certas doenças como o cancro, parkinson, esclerose múltipla e até a epilepsia. A juntar a estes benefícios, a nova pesquisa afirma que a substância pode também ajudar na recuperação de fracturas ósseas.

Antes de apresentar as conclusões do estudo, a publicação LiveScience diz mesmo, em jeito de provocação, que a famosa planta pode retirar o protagonismo ao leite, no que toca às propriedades benéficas para os ossos.

O estudo foi desenvolvido em ratos, mas investigações anteriores já tinham demonstrado que os ratos são bons modelos no tratamento de ossos, disse Yankel Gabet, da Faculdade de Medicina daSackler University, em Telavive. A investigadora mostra-se muito esperançada na possibilidade docanabidiol poder ser aplicado em ossos humanos fracturados. E nesse caso, serão os doentes de osteoporose os grandes beneficiados com a descoberta.

A canábis é uma planta (Cannabis sativa) com mais de 400 compostos, dos quais se destacam o tetraidrocanabinol (THC), o principal composto psicoactivo e o canabidiol (CBD), sem efeitos psicotrópicos e responsável por muitos efeitos terapêuticos. A mesma planta pode ser cultivada para ter maior concentração de um composto ou de outro. O THC e o CBD actuam sobretudo ao nível do sistema nervoso central, nas regiões cerebrais envolvidas na memória, desenvolvimento cognitivo, percepção da dor e coordenação motora, e também na pele.

O uso medicinal desta planta começa a generalizar-se, apesar das reticências de alguns países. O Canadá foi o primeiro a instituir o uso de canábis para fins terapêuticos. Na UE, a Holanda (pioneira na Europa com a autorização do uso recreativo nas coffee shops), mas também na República Checa, em França e na Roménia os doentes crónicos podem comprar, com autorização médica, medicamentos à base de marijuana e até cultivar as suas próprias plantas. Nos EUA são 23 os estados que permitem o uso terapêutico desta substância.