E tudo o MDN levou…


Obstinadamente, contra a vontade de alunas, pais, antigas alunas e comunidade odivelense, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) encerrou o Instituto de Odivelas (IO) e começou a distribuir o seu património: o MDN disse que iria devolver à população (!) o mosteiro de São Dinis, onde a escola funcionava – irá para a Câmara de…


Obstinadamente, contra a vontade de alunas, pais, antigas alunas e comunidade odivelense, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) encerrou o Instituto de Odivelas (IO) e começou a distribuir o seu património: o MDN disse que iria devolver à população (!) o mosteiro de São Dinis, onde a escola funcionava – irá para a Câmara de Odivelas (CMO)? O Forte de Santo António do Estoril, cedido em 1919 ao IO para colónia de férias das alunas, irá para Câmara de Cascais (CMC). 

Perguntamo-nos como vão as autarquias conservar todo este património histórico? A CMO adquiriu há anos o palacete de caça do século XIX onde a AAAIO tinha o seu lar de idosas. O edifício passou para a edilidade que não só não instalou lá o museu municipal, como planeado, como o deixou ser vandalizado, os vidros partidos e os frescos “decorados” com graffitis. 

Daí a nossa preocupação: como vai a CMO cuidar do mosteiro de São Dinis, datado de 1296 e onde estão os restos mortais de D. Dinis? O que vai acontecer à cozinha das freiras, com as paredes cobertas de azulejos históricos? Ao refeitório das freiras? Aos azulejos históricos que cobrem as paredes? Aos diversos túmulos no chão da igreja, dos claustros e na Sala do Capítulo – o mosteiro é o maior repositório de lápides tumulares em Portugal -, como por exemplo, o de D. Violante Cabral, a irmã de Pedro Álvares Cabral? À Nossa Senhora de alabastro, oferecida pessoalmente pela Rainha D. Amélia às alunas do colégio? O rol não se esgota aqui.

O que vai acontecer ao Forte de Santo António? À CMC foi cedida a utilização e a gestão do forte para, segundo consta, aí receber atividades relacionadas com o mar, a língua portuguesa e um espaço museológico. Será? 

Além dos edifícios históricos, preocupa-nos igualmente o rico património do IO. Já antevejo o “saque” para de lá retirarem o que ao IO e ao mosteiro pertence. O que irá acontecer ao laboratório de línguas, de Química e Física, ao Museu de Ciência Natural, à biblioteca escolar? E muitas outras salas apetrechadas com o melhor equipamento para a sua missão pedagógica?

O IO nunca deveria ter encerrado. É errado fechar uma escola de excelência que formou gerações e gerações de jovens durante 115 anos, que sempre apresentou ótimos resultados, ao mesmo tempo que mantinha em ótimo estado o património que lhe estava confiado. Continuaremos a lutar PELA CONTINUIDADE DO INSTITUTO DE ODIVELAS! Antiga Aluna do Instituto de Odivelas e antiga presidente da AAAIO

E tudo o MDN levou…


Obstinadamente, contra a vontade de alunas, pais, antigas alunas e comunidade odivelense, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) encerrou o Instituto de Odivelas (IO) e começou a distribuir o seu património: o MDN disse que iria devolver à população (!) o mosteiro de São Dinis, onde a escola funcionava – irá para a Câmara de…


Obstinadamente, contra a vontade de alunas, pais, antigas alunas e comunidade odivelense, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) encerrou o Instituto de Odivelas (IO) e começou a distribuir o seu património: o MDN disse que iria devolver à população (!) o mosteiro de São Dinis, onde a escola funcionava – irá para a Câmara de Odivelas (CMO)? O Forte de Santo António do Estoril, cedido em 1919 ao IO para colónia de férias das alunas, irá para Câmara de Cascais (CMC). 

Perguntamo-nos como vão as autarquias conservar todo este património histórico? A CMO adquiriu há anos o palacete de caça do século XIX onde a AAAIO tinha o seu lar de idosas. O edifício passou para a edilidade que não só não instalou lá o museu municipal, como planeado, como o deixou ser vandalizado, os vidros partidos e os frescos “decorados” com graffitis. 

Daí a nossa preocupação: como vai a CMO cuidar do mosteiro de São Dinis, datado de 1296 e onde estão os restos mortais de D. Dinis? O que vai acontecer à cozinha das freiras, com as paredes cobertas de azulejos históricos? Ao refeitório das freiras? Aos azulejos históricos que cobrem as paredes? Aos diversos túmulos no chão da igreja, dos claustros e na Sala do Capítulo – o mosteiro é o maior repositório de lápides tumulares em Portugal -, como por exemplo, o de D. Violante Cabral, a irmã de Pedro Álvares Cabral? À Nossa Senhora de alabastro, oferecida pessoalmente pela Rainha D. Amélia às alunas do colégio? O rol não se esgota aqui.

O que vai acontecer ao Forte de Santo António? À CMC foi cedida a utilização e a gestão do forte para, segundo consta, aí receber atividades relacionadas com o mar, a língua portuguesa e um espaço museológico. Será? 

Além dos edifícios históricos, preocupa-nos igualmente o rico património do IO. Já antevejo o “saque” para de lá retirarem o que ao IO e ao mosteiro pertence. O que irá acontecer ao laboratório de línguas, de Química e Física, ao Museu de Ciência Natural, à biblioteca escolar? E muitas outras salas apetrechadas com o melhor equipamento para a sua missão pedagógica?

O IO nunca deveria ter encerrado. É errado fechar uma escola de excelência que formou gerações e gerações de jovens durante 115 anos, que sempre apresentou ótimos resultados, ao mesmo tempo que mantinha em ótimo estado o património que lhe estava confiado. Continuaremos a lutar PELA CONTINUIDADE DO INSTITUTO DE ODIVELAS! Antiga Aluna do Instituto de Odivelas e antiga presidente da AAAIO