A cantora Jane Birkin pediu à marca de luxo Hermès que dê um novo nome à mítica mala de pele de crocodilo que leva o seu nome. Isto, na sequência de uma investigação conduzida pela PETA que alerta para a crueldade cometida com estes animais.
"Depois de ter sido advertida sobre a crueldade dos métodos aplicados na matança dos crocodilos para o fabrico das malas Hermès que levam meu nome, pedi à Hermès que rebaptizasse o nome da Birkin Croco, Até que a marca adopte melhores práticas, em conformidade com as normas internacionais", explica a artista num comunicado divulgado pelo seu agente.
Em resposta, a Hermès explicou que "Jane Birkin expressou as suas preocupações em relação às práticas de abate de crocodilos. Os seus comentários não vão de alguma forma influenciar a amizade e confiança que temos compartilhado por muitos anos. A Hermès compartilha as suas emoções e também ficou chocada com as imagens transmitidas recentemente.”
"Está já em andamento uma investigação na fazenda do Texas onde foi gravado no vídeo. Qualquer violação às regras será rectificada e sancionada. A Hermès especifica que esta fazenda não pertence à marca e que essas peles de crocodilo fornecidas não estão a ser usadas no fabrico das malas Birkin.”
Segundo a cantora, os animais "são sacrificados antes de chegarem à idade adulta" e "tanto em vida, como na morte vivem um pesadelo".
A organização de defesa de animais Peta iniciou em Junho uma campanha, na qual pediu à Hermès "que deixe imediatamente de comprar e usar peles exóticas e de vender acessórios com pele de crocodilo e jacaré".
Criada no início da década de 1980 depois de um encontro entre a cantora e o então presidente da Hermès, Jean-Louis Dumas, a Birkin continua a ser uma das malas mais caras do mundo.
Pode adquirir uma destas malas a partir de 33 mil euros e o modelo com pele de crocodilo também pode ser adquirido em leilão. No início de Junho, uma mala Diamond Birkin fúcsia com pele de crocodilo foi vendida por 202 mil euros na Christie's de Hong Kong.