A Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker completou, no dia 15 de Julho, um ano desde que foi eleita no Parlamento Europeu.
Um ano depois da eleição da nova Comissão Europeia o i falou com dois eurodeputados sobre o primeiro ano do mandato.
Os socialistas Ramón Jauregui Atondo e Carlos Zorrinho fazem um balanço positivo. O parlamentar espanhol destaca a “estabilidade institucional, a política económica e o forte discurso europeísta” como os aspectos positivos da actual liderança. Carlos Zorrinho acrescenta que “a Comissão Europeia meteu na agenda a energia e as questões relacionadas com o mercado digital”. Por seu lado, Ramón Jauregui Atondo acredita que “Jean-Claude Juncker foi responsável pela flexibilidade da austeridade e pelo Banco Central Europeu ter garantido liquidez financeira a alguns países”.
No primeiro ano de mandato houve uma aproximação entre o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia que mereceu a satisfação dos eurodeputados. O socialista português registou “uma evolução porque a Comissão Europeia tem sido mais próxima do Parlamento Europeu do que relativamente ao Conselho Europeu”. Apesar da maior transparência, melhor regulação e de uma intensa actividade legislativa ainda há situações que necessitam de ser trabalhadas. O eurodeputado explica que “a Comissão Europeia deve ter a consciência que o Parlamento Europeu é o seu melhor e verdadeiro parceiro”.
A recente crise financeira na Grécia mostrou que a comissão liderada por Jean-Claude Juncker tem poucos poderes sobre as principais matérias europeias. Ramón Jauregui Atondo e Carlos Zorrinho entendem que é necessário dar mais poderes à Comissão Europeia para enfrentar os desafios do futuro. A agenda de Juncker no próximo ano vai incluir a resolução da crise humanitária provocada pela emigração, reestabelecer a agenda social europeia com políticas de emprego e protecção social, além de continuar a apostar na união energética e agenda digital.