“Deve haver alguma confusão do presidente da Comissão Europeia.” Foi assim que Pedro Passos Coelho reagiu às declarações de Jean-Claude Juncker, que afirmou numa entrevista que quis marcar uma discussão sobre o alívio da dívida grega para Outubro, mas que Portugal, Espanha e Irlanda se opuseram.
O primeiro-ministro, que diz que se trata de “uma meia-verdade e um meio mal-entendimento”, explicou que o que estava previsto era que as negociações ocorressem no final de Outubro, depois das eleições legislativas em Portugal, cuja data será anunciada esta quarta-feira pelo Presidente da República mas que terão de se realizar entre 14 de Setembro e 14 de Outubro.
Numa entrevista publicada esta quarta-feira no jornal belga “Le Soir” sobre as longas negociações entre os líderes europeus e Atenas (que Juncker diz que só terminaram pelo “medo”), o presidente da Comissão afirma que Portugal se opôs à discussão do alívio da dívida da Grécia antes das eleições legislativas em Portugal.
Também Cavaco Silva se apressou a reagir às polémicas declarações de Juncker sobre Portugal, dizendo que “não correspondem absolutamente nada” ao que sabe pelos “documentos que foram aprovados” e que lhe “têm chegado à mão”. Com Lusa