Uruguai, o país do azul celeste. FCPorto, a nação azul-e-branca. Azuis diferentes, mas que têm combinado na perfeição. Maxi Pereira é o quinto jogador do pequeno território sul-americano a vestir a camisola dos dragões. Todos os compatriotas que passaram pelo clube conseguiram ser campeões nacionais.
El Mono será o quinto. Virá, seguramente, com muita “ilusión”, como os jogadores de língua espanhola gostam de dizer, para ganhar títulos no FCP. E a esperança é mais que legítima. Pinto da Costa não tem olhado a meios para que Lopetegui possa conduzir a equipa a um campeonato que foge há dois anos para o rival Benfica.
“Venho de muito longe mas estou muito contente por estar aqui e fazer parte deste grupo. Venho com vontade de treinar”, confessou o lateral uruguaio em declarações ao Porto Canal após se ter juntado aos seus novos companheiros. OFCPorto confirmava a contratação do sub-capitão das águias para as próximas três temporadas, terminando de vez com as dúvidas.
Maxi Pereira seguiu para a Holanda, onde assistiu ao primeiro jogo dos dragões na pré-temporada (ver texto secundário), e explicou os seus desejos para o futuro próximo:“Espero o melhor para a equipa, quero integrar-me no grupo e ser mais um a trabalhar no duro para chegar ao objectivo, que é ser campeão no FC Porto.”
Por um breve momento os holofotes desviavam-se de Casillas, que fez ontem o primeiro treino com o plantel dos dragões. Depois de oito anos na Luz, as imagens de Maxi a cumprimentar efusivamente Julen Lopetegui ou Antero Henrique pareciam saídas de uma realidade alternativa.
do uruguai… com títulos Alejandro Díaz foi o primeiro uruguaio na história portista. Ojovem promissor defesa central não teve oportunidades para se mostrar durante a passagem por Portugal. Mesmo assim, os nove minutos que esteve em campo contra o Sp. Braga, na 33.a jornada da época 96/97, foram suficientes para inscrever um título de campeão nacional no palmarés.Discreto, mas um bom prenúncio para os uruguaios que se seguiriam na Invicta.
Fucile aterrou no Porto em 2006. Opolivalente lateral escreveu a história mais longa de um urugaio no clube. Até 2014, quando saiu em conflito com os dirigentes (disse que no FCP reinava uma “monarquia absoluta”), conseguiu vencer cinco campeonatos.
Os passos de Maxi foram percorridos por Cristian Rodríguez já em 2008. A mudança de camisola de Cebola não provocou tanta polémica (só esteve no Benfica uma temporada, e o seu passe pertencia ao PSG), e o seu destino não destoou dos compatriotas. Antes de se mudar para o Atlético, em 2012, ajudou a conquistar três títulos nacionais para os dragões. Antes de Maxi, foi outro lateral a continuar a história uruguaia no Dragão. Alvaro Pereira deixou saudades e, claro, taças no museu do clube. Nos seus três anos na Invicta, venceu duas vezes a Liga.
Osomatório de títulos de campeão dos futebolistas uruguaios já vai em 11. El Mono tentará chegar à dúzia já em 2016. E atenção que vem embalado da Luz, com o primeiro bicampeonato nacional das águias desde 1984.
vida nova “Quem sabe se esta é a última camisola do Benfica que trago”. A frase de Maxi Pereira, quando deixou o equipamento encarnado junto à imagem de um santo na Capela de São Cono (Uruguai), na passada semana, deixavam antever o seu futuro.
Aos 31 anos, o lateral abandonou o estatuto de herói junto dos adeptos benfiquistas, depois de 333 jogos com as águias. Optou por não renovar o contrato que terminara no fim da época e aceitou a proposta do FC Porto.
Vestirá a camisola 2, que pertencia a Danilo. É um número mítico, que durante anos esteve nas costas da camisola do capitão João Pinto, também um lateral direito. Com a saída do brasileiro para o Real Madrid, a titularidade de Maxi parece não sofrer discussão. E logo à 5.a jornada o uruguaio sentirá o que é defrontar o Benfica, quando as águias se deslocarem ao Dragão.
A partir de agora Super Maxi só vestirá azul, entre FCP e Uruguai. Para já, tem tempo de se ambientar à nova realidade. Hoje fará o primeiro treino com Lopetegui, depois de um período de férias que terminou mais tarde devido à participação na Copa América.