Vencedor de três etapas no Tour, uma em 2011 e duas em 2013, o português Rui Costa é o ciclista nacional mais bem classificado na Volta à França deste ano. Isso não quer necessariamente dizer que tudo lhe corra de feição.
Na 10.ª etapa, após um dia de folga, o pelotão fragmenta-se em pedaços. O herói dos Pirenéus é um tal Chris Froome. Conhece? Pois, é o camisola amarela. O homem dá tudo o que tem e o que mais não é obrigado. Isola-se e ganha com relativa vantagem. Afasta a concorrência para longe, muito longe. Ainda falta semana e meia para acabar o Tour mas o avanço é já considerável. Então, e Rui Costa?
Pois, é isso. O português, campeão do mundo em 2013, acaba por ter um dia mau. É o próprio a contar no seu diário. "Hoje tive um dia mau. A dor da perna esquerda, a juntar ao calor fizeram que eu fosse todo o dia com más sensações. Fiquei triste mas estou conformado." Mais à frente, outro desabafo interessante. "É costume passar mal depois dos dias de repouso e de calor. Hoje foi outro exemplo disso. Infelizmente foi uma perda de tempo grande para a geral. E por isso, sem desanimar, vou avançar para o plano B. Plano esse que passa por perder mais tempo, de forma a ter maior liberdade para entrar numa fuga."
Uyyyy, atenção, muita atenção, o nosso homem quer andar aí nas bocas do mundo. Na sequência de uma etapa em que corta a meta a quase 17 minutos do camisola amarela, facto que o penaliza dez posições na geral (de 22.º para 33.º), a mais de 15 minutos do último do top 10, o italiano Vincenzo Nibali, o português de 28 anos coloca-se agora numa posição mais livre.
Haverá novidades já esta quarta-feira? No dia 16 de Julho (de 2013), Rui cresce numa etapa entre Vaison-la-Romaine e Gap (168 km) para cortar a meta com 42 segundos de avanço sobre o segundo classificado – na altura, o amarela é, curiosamente, Froome. A tradição é para se manter ou…?
