Zamperini sobreviveu aos tubarões do Pacífico
A vida do atleta olímpico Louis Zamperini foi sempre de sobrevivência. Membro de uma família de imigrantes italianos residente na Califórnia, Zamperini, um jovem atleta com a ambição de chegar aos Jogos Olímpicos, vê o sonho interrompido com a chegada da Segunda Guerra Mundial. Em 1940 alista-se na Força Aérea. Três anos depois, em plena guerra, o avião bombardeiro Heret onde seguia Zamperini despenha-se no oceano Pacífico. Dos 11 tripulantes, apenas três sobrevivem à queda: Zamperini, Russel Philips e Francis McNamara. Sobreviveram durante 32 dias no oceano. Tentando escapar a ataques de tubarões que rodeavam a jangada, os três Survivors bebiam água da chuva e alimentavam-se de pássaros, que habilmente conseguiam apanhar. McNamara acabaria por morrer antes de as tropas do Japão os terem encontrado.
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“127 horas”, o alpinista que teve de amputar o seu próprio braço
A história de Aron Ralston também deu origem a um filme – “127 horas”. Em 2003, o alpinista ficou preso entre a vida e a morte num penhasco isolado, nas montanhas do Utah. Rallston tinha o braço preso debaixo de uma rocha. Sobreviveu durante cinco dias, com os meios de que ainda dispunha, mas durante esse tempo e a ver escassas hipóteses de vir a ser encontrado, o espírito de sobrevivência leva Aron a optar por amputar o braço com o canivete para se conseguir libertar. As cenas do filme decorreram no mesmo local que o acidente e os factos apresentam-se o mais perto possível do que aconteceu, o que eleva o filme à categoria de documentário. Muitas vezes, e como exemplifica a vida de Aron, a realidade ultrapassa a própria ficção.
“Into the Wild” – Cristopher McCandless
A jornada de Cristopher McCandless mistura sobrevivência humana com o desejo de fugir do mundo civilizado.
A história é conhecida através do filme realizado em 2007 “Into the Wild”. Ao contrário de outras histórias de sobrevivência, na origem desta não esteve qualquer acidente. Foi o próprio McCandless que quis escapar ao conforto do mundo civilizado e aproximar-se do mundo selvagem. Sobreviveu durante cerca de quatro meses na selva nas montanhas do Alasca, alimentando-se o que caçava e do que a natureza lhe dava. Foi encontrado morto, mas até hoje a sua história é vista como uma grande experiência de sobrevivência humana. Antes do filme, a sua história já tinha sido relatada em livro pelo jornalista Jon Krakauer, em 1997.
José Iván – o náufrago que esteve 16 meses perdido no mar
O ano passado, José Iván foi encontrado 16 meses – segundo o que o próprio disse – depois de ter saído do México. O náufrago foi resgatado nas ilhas Marshall, a 12 500 quilómetros do local de onde terá partido. José Iván explicou que sobreviveu durante todo este tempo comendo tartarugas, pássaros e peixe, além de beber sangue de tartaruga quando não chovia. Iván disse ainda ter capturado os pequenos animais com as mãos. Na embarcação não havia qualquer equipamento de pesca e por isso a história de Iván não convenceu toda a gente. Quando foi encontrado estava muito magro, débil e com o cabelo comprido e a barba por fazer. José Iván terá tido a companhia de um homem que acabou por morrer ao longo da jornada.