“Apoiaremos o Governo de Alexis Tsipras”, afirmou esta manhã Panos Kammenos, ministro da defesa grego e líder dos Gregos Independentes, que formam a coligação com o Syriza.
Kammenos, que tem publicamente rejeitado o acordo que Tsipras trouxe de Bruxelas, esta terça-feira parece ter mudado de ideias. A razão principal para esta mudança de atitude pode estar na percepção de que os gregos querem que o governo caia.
“É óbvio para toda a Europa que houve um golpe no coração da Europa”, afirmou o ministro aos jornalistas em Atenas. “O primeiro-ministro foi chantageado para assinar um acordo muito diferente [daquele que gostaria]. Esse golpe vai continuar aqui, na Grécia, onde as pessoas querem que o governo caia”, concluiu.
As ruas de Atenas têm-se enchido de manifestantes que protestam contra o novo acordo proposto pelos credores, e cujas seis principais medidas vão amanhã, dia 15 de Julho, ao Parlamento, para serem aprovadas e legisladas. Só depois disso será possível continuar a negociar com a Europa.
O ministro da Defesa afirmou também, no entanto, que o seu apoio a Tsipras se mantém enquanto o governo se mantiver de coligação, com o seu partido no poder, um cenário de que cada vez mais os media gregos duvidam.
Enquanto isso, em Bruxelas, os ministros das Finanças da União Europeia discutem como podem apoiar, a curto prazo, a Grécia, com as vozes britânicas a levantar-se para afirmar que o país estará contra atirar a conta do resgate à Grécia para cima dos contribuintes. Fonte oficial do Tesouro britânico afirmou ao Observer que "não é aceitável" que os britânicos paguem pela ajuda a Atenas. No mesmo sentido, também a Polónia deverá estar contra uma linha de emergência – o chamado financiamento ponto que devia ajudar a Grécia durante o Verão, antes de o resgate estar desenhado e implementado.
[Notícia actualizada às 12h00 com informação sobre o Ecofin]
