BCP. Lucros sobem quase 6% para 906,4 milhões em 2024

BCP. Lucros sobem quase 6% para 906,4 milhões em 2024


Só a atividade em Portugal representou 786,4 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior.


O BCP apresentou um resultado líquido de 906,4 milhões de euros em 2024, representando um aumento de 5,9% face ao ano anterior. Só a atividade em Portugal representou 786,4 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior.

Já a operação na Polónia, o Bank Millennium ,registou um resultado líquido de 167,1 milhões de euros, “apesar dos encargos de 750,21  milhões de euros associados à carteira de créditos hipotecários em francos suíços (dos quais 459,82  milhões de euros de provisões) e dos custos relacionados com a prorrogação das moratórias de créditos hipotecários em zlótis que ascenderam a 26,23 milhões de euros”.

Por seu lado, o Millennium bim obteve um resultado líquido de 48,5 milhões de euros em 2024, “apesar do registo de provisões decorrentes do downgrade da dívida pública moçambicana”.

Em Portugal, a margem financeira do BCP totalizou-se nos 1.335,3 milhões de euros em 2024, situando-se 9,0% abaixo dos 1.466,6 milhões de euros apurados em 2023. “Este desempenho reflete acima de tudo o aumento dos custos de funding, parcialmente compensado pelo maior rendimento gerado tanto pela carteira de crédito a clientes, como pela carteira de títulos”, referindo que, “nesse sentido, destaca-se o aumento dos custos associados à remuneração da carteira de depósitos, decorrente sobretudo da evolução das taxas de juro no último ano, mas refletindo também, ainda que com pouca expressão, o aumento do saldo médio dos depósitos remunerados face a 2023”.

No ano passado, as comissões líquidas totalizaram 808,5 milhões de euros, apresentando um crescimento de 4,8% face aos 771,7 milhões de euros registados no ano anterior. “Esta evolução reflete o desempenho favorável quer da atividade em Portugal, quer da atividade internacional, no primeiro caso devido, sobretudo, ao crescimento das comissões associadas à atividade de  bancassurance, decorrente da atualização das respetivas comissões de distribuição”, esclarece a instituição financeira.

Na atividade em Portugal, as comissões líquidas totalizaram 588,3 milhões de euros no final de 2024, correspondendo a um crescimento de 5% face aos 560,3 milhões de euros apurados em 2023.

Os custos operacionais totalizaram 1.307,2 milhões de euros no final de 2024, situando-se 12,4% acima dos 1.162,6 milhões de euros apurados no ano anterior, “pese embora a gestão disciplinada dos custos preconizada pelo grupo. Esta evolução reflete maioritariamente o desempenho da atividade internacional, nomeadamente da subsidiária polaca”.

Na atividade em Portugal, os custos operacionais totalizaram 673,1 milhões de euros em 2024, situando-se 9,1% acima dos 616,7 milhões de euros apurados em 2023. Excluindo os itens específicos referidos anteriormente, os custos operacionais aumentaram 9,8%, de 601,4 milhões de euros para 660,4 milhões de euros. “A evolução dos custos operacionais na atividade em Portugal, não considerando o impacto dos itens específicos, advém dos aumentos de 11,6% (+39,5 milhões de euros) e de 10,1% (+19,1 milhões de euros) registados nos custos com o pessoal e nos outros gastos administrativos, respetivamente, sendo que as amortizações e depreciações, por sua vez, mantiveram-se em linha com o montante registado um ano antes”, esclarece ainda.

Em 2024, os custos com o pessoal totalizaram 722 milhões de euros, situando-se 14,3% acima dos 631,8 milhões de euros contabilizados no ano anterior. “Quer na atividade em Portugal quer na atividade internacional, os custos com o pessoal foram superiores face aos verificados no ano anterior”, salienta.