Catorze pessoas morreram e outras 134, entre as quais 32 estrangeiros, foram detidas esta segunda-feira pelas autoridades venezuelanas no âmbito de uma mega-operação contra a criminalidade realizada por funcionários de três organismos policiais num bairro de Caracas.
"Graças à Operação Liberdade da Pátria (OLP), detivemos 134 pessoas, entre elas 32 estrangeiros, ligadas ao tráfico de drogas, a extorsão e ao sequestro", anunciou o ministro venezuelano de Relações Interiores, Justiça e Paz, Gustavo González López, numa conferência de imprensa em Caracas.
O ministro precisou, por outro lado, que na OLP participaram 1.200 funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), do Grupo Anti-extorsão e Sequestro (polícia científica) e do Serviço Bolivariano de Inteligência (serviços secretos).
Durante a operação, que teve lugar no bairro "Cota 905" (centro de Caracas), 14 dos alegados criminosos morreram na sequência de confrontos com as autoridades e pelo menos um outro ficou ferido.
As autoridades "recuperaram" 20 viaturas, que eram usadas por seis grupos de criminosos para extorquir e sequestrar pessoas. Também apreendidos foram 12 armas curtas, duas armas longas e dois engenhos explosivos fragmentários.
Segundo o ministro venezuelano, as autoridades vinculam os detidos com "a paramilitarização colombiana" no "centro de Caracas".
Até agora não foi revelada a identidade dos cidadãos, nacionais e estrangeiros, detidos durante esta operação policial.
Os venezuelanos queixam-se com frequência da elevada criminalidade no país e dos poucos resultados das operações policiais para combater a insegurança que afecta tanto os cidadãos nacionais como os estrangeiros radicados no país.
Lusa