A notícia está a ser avançada pela Reuters e não surpreende. Os bancos gregos deverão ficar fechados pelo menos até quarta-feira, prazo dado ao primeiro-ministro Alexis Tsipras para conseguir que o Parlamento aprove o pacote de austeridade que foi acordado com os credores, esta madrugada.
Os bancos helénicos estão com um forte problema de liquidez, e o Banco Central Europeu decidiu não reforçar a linha de emergência para os bancos de Atenas. A instituição liderada por Mario Draghi também aguarda a decisão do hemiciclo grego antes de tomar uma decisão.
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A incerteza, aliás, reside agora no próprio país, numa altura em que a ala mais à esquerda do Syriza preparam para receber Tsipras com ‘sete pedras na mão’, no regresso do responsável à Grécia. “Parte dos membros do Syriza não aceita a estratégia seguida por Tsipras”, referiu Yanis Balafas, um deputado próximo do primeiro-ministro, em entrevista. “Mas o que importa agora é que o pior cenário, de um incumprimento, foi evitado”, continuou.
Um editorial no site Iskra – que reflecte o pensamento dos membros de linha dura do Syriza – e citado pelo The Guardian afirma que o novo programa de ajustamento é “uma humilhação” e que os gregos não devem ficar desanimados mas sim permanecer “teimosos” no ‘não’ ao neo-liberalismo, à austeridade e a um resgate pela Europa.
Tsipras enfrentará agora uma divisão ainda maior no Governo do que aquela com que teve que lidar na semana passada, o que eleva a incerteza sobre o futuro do país.