Jeroen Dijssebloem, na conferência de imprensa depois do Eurogrupo, revelou que o novo resgate grego deverá precisar de quatro semanas de negocição e não as duas semanas que chegou a ser apontado.
Em relação ao avanço de um financiamento-ponte para a Grécia, de modo a permitir à economia do país respirar durante o mês de negociações, o líder do grupo dos ministros das Finanças apontou que é um "assunto muito complexo" e que cabe aos técnicos avaliar quais as melhores opções a seguir. "Mas não vai ser fácil", desabafou.
Esta quarta-feira ou quinta-feira, adiantou Dijsselbloem, deverá realizar-se uma teleconferência dos ministros das Finanças do Euro para debater a votação das medidas de austeridade pelo parlamento grego – que por imposição europeia terão que ocorrer até quarta-feira, dia 15.
Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos, salientou na conferência o caminho difícil que foi trilhado neste fim-de-semana, e mostrou-se satisfeito pela manutenção da Grécia no euro. "A irreversibilidade e integridade da zona euro foi reforçada mas é preciso fazer mais", apontou ainda.
Apesar dos elogios, Moscovici realçou ainda que "há muito por fazer" entre a teoria do acordo a que se chegou e a sua implementação prática.
Klaus Regling, líder do Mecanismo Europeu de Estabilidade, também presente na conferência, salientou que espera "a participação do FMI no resgate" mas só depois de Atenas regularizar o pagamento que deixou em atraso perante aquele fundo.
Em relação ao avanço de verbas para Atenas já durante as negociações, Regling detalhou que o MEE não o pode fazer até todos os procedimentos estarem concluídos.