Como é que a educação se repercute na saúde?
Existe evidência científica acerca da existência de uma relação estreita entre saúde e educação, mais especificamente entre saúde e escolaridade. De facto, vários estudos realizados em diferentes países têm demonstrado que o factor escolaridade assume um peso particularmente relevante nas questões relacionadas com a saúde, que quanto maior é a escolaridade, menor é a mortalidade precoce e a prevalência de doenças. Isto deve-se ao facto dos indivíduos com graus de escolaridade mais elevados terem geralmente maior acesso à informação relacionada com a saúde e maiores recursos cognitivos e informativos que lhes permitem absorver e interiorizar mais facilmente essa informação, seja a que resulta das campanhas de prevenção e promoção da saúde, seja sobre outro tipo de informação, obtida por meio de diferentes fontes, acerca dos efeitos negativos que determinadas práticas podem ter para a saúde.
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A saúde faz parte da agenda pública das escolas? O que falta fazer?
eguramente, hoje os aspectos relacionados com a saúde são mais divulgados nas escolas e são mais incluídos nas suas agendas do que eram há alguns anos atrás. Creio que a questão principal não se coloca na ausência de informação sobre saúde, seja nas escolas seja relativamente à população em geral, de um modo geral as pessoas têm acesso à informação sobre saúde através de várias fontes de informação, incluindo as fontes provenientes do conhecimento pericial. O que, do meu ponto de vista, falta fazer neste campo, prende-se sobretudo com a necessidade de adaptação da informação transmitida aos diferentes tipos de público existente nas escolas.