A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou hoje que a 7ª Cimeira dos BRICS é um momento "especial" para a consolidação do grupo, durante reunião bilateral com o homólogo russo, Vladimir Putin.
"Nós temos também grande interesse em ampliar os nossos investimentos recíprocos. O Brasil tem agora uma oportunidade ímpar, com o seu plano de investimento em logística, de atrair empresas russas", afirmou Rousseff, citada pelo Governo brasileiro.
A 7ª Cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) iniciou-se na quarta-feira na cidade de Ufá, a capital da República do Bascortostão, na Rússia, e vai terminar ainda hoje.
O Presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, além de Rousseff e Putin, encontraram-se num jantar oferecido pelo chefe de Estado russo, com quem posteriormente tiveram encontros bilaterais.
Durante a cimeira, o Brasil passará a presidência rotativa do grupo para a Rússia.
Entre os temas a abordar entre os chefes de Governo estão a crise da Grécia, a situação na Ucrânia, a ameaça do grupo auto-intitulado Estado Islâmico e a economia.
Na agenda prioritária dos líderes, segundo o Governo brasileiro, está a discussão de detalhes sobre o funcionamento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do BRICS, que começou na última semana. A instituição terá sede em Xangai, na China, será presidida pelo indiano K. V. Kamath e terá como vice-presidente o brasileiro Paulo Nogueira Batista Júnior.
Os países manifestaram a intenção de que o banco seja uma alternativa de financiamentos de longo prazo, adequados a obras de infra-estrutura nos países emergentes, e uma forma de diminuir a pressão sobre o dólar americano no comércio internacional.
Lusa