A maioria dos feridos no conflito em Gaza, que ainda recebe tratamento dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), ao fim de um ano, são crianças, afirmou esta quarta-feira a organização, que acusa a ocupação israelita de “privar os palestinianos de futuro”.
Nos 50 dias que durou a mais recente ofensiva militar israelita contra a Faixa de Gaza, a terceira em sete anos, morreram 2.251 palestinianos, incluindo 551 crianças, enquanto do lado israelita morreram 73 pessoas, a maior parte (67) soldados.
Mais de 10.000 palestinianos ficaram feridos – “incluindo 7.000 mulheres e crianças”, segundo os MSF – no enclave com 1,8 milhões de habitantes, 70% dos quais com menos de 30 anos,
Segundo a ONU, centenas de milhares de habitantes de Gaza precisam de cuidados médicos ou apoio psicológico. No entanto, segundo os MSF, “70 estruturas de saúde foram parcialmente ou totalmente destruídas durante a ofensiva” e a reconstrução está parada.
Por outro lado, cerca de 18.000 habitações ficaram totalmente ou parcialmente destruídas, com 100.000 habitantes de Gaza alojados em abrigos precários, depois de a ONU ter fechado os seus centros de acolhimento.
Lusa