A coordenadora do BE Catarina Martins acusou o primeiro-ministro de fazer “vendas de garagem” nas privatizações. Passos Coelho respondeu que o encaixe financeiro foi o dobro do previsto pelo governo de José Sócrates.
“Temos um país de compras low-cost e de negócios milionários, uma gigantesca venda de garagem”. Foi assim que a coordenadora do BE Catarina Martins começou por confrontar o primeiro-ministro, no debate sobre o Estado da Nação, que acusou o governo de “estar em negação e de fazer discurso de propaganda”. Na resposta, Passos Coelho relembrou o encaixe financeiro “significativo, o dobro do previsto pelo último governo socialista em 2011”. “Gostaria de ter mais ‘vendas de garagem’ como esta”, rematou.
Heloísa Apolónia, dos Verdes, tomou a palavra, dizendo que o PSD também faz parte das “dez pragas”. “Relembro-lhe que viabilizou os orçamentos de Estado do PS, votou a favor da nacionalização do BPN, e assinou o acordo com a troika”. “É para não chegar à conclusão que o PSD também é uma praga?”, finalizou, afirmando que este mandato foi “subserviente às elites europeias”.
Passos Coelho respondeu dizendo que “quando foi líder da oposição”, não deixou “de apoiar os governos constitucionais para que o país evitasse problemas maiores”, afirmando ainda que o governo nunca foi “subserviente de ninguém”.