Miguel Viegas e as portagens em Aveiro: “São uma “aberração”

Miguel Viegas e as portagens em Aveiro: “São uma “aberração”


São das mais caras do país e não têm troços alternativos.


O eurodeputado da CDU Miguel Viegas reclamou esta sexta-feira, na Feira, a abolição das portagens nos percursos da A29 e A25 no distrito de Aveiro, onde os preços são dos mais caros do país e não há estradas alternativas.

Numa acção de protesto conta o sistema de pagamento dessas vias, o parlamentar europeu afirmou que "é preciso acabar com as portagens na A25 e na A29, na zona que diz respeito ao distrito de Aveiro, porque essas auto-estradas foram feitas no pressuposto de que não obrigariam a pagamento, construíram-se em cima de estruturas que já existiam e deixaram as populações sem alternativa".

No caso da A29, entre o Porto e Aveiro, Miguel Viegas admite que a EN109 é uma opção, mas realça que, devido à conjuntura de crise e à necessidade de as empresas cortarem custos, essa via absorveu a maioria do tráfego pesado regional e "tornou-se uma catástrofe" em determinadas localidades.

"O troço entre o Estádio Municipal de Aveiro e a saída Aveiro Norte, por exemplo, é o segundo mais caro do país a seguir ao Porto e é natural que os condutores tentem evitá-lo", realça. "O problema é que, com o excesso de camiões nas estradas nacionais, as populações não têm segurança nenhuma", defende.

Isto será particularmente evidente em Cacia, onde o eurodeputado da CDU diz que "a situação se tornou caótica, com os pesados a circularem todo o dia em frente às escolas e às casas, gerando poluição e destruindo o piso".

Já no caso do acesso a Viseu, à Guarda e à fronteira, a cobrança de portagens na A25 é de "uma total injustiça", porque essa auto-estrada obrigou à supressão do anterior IP5, de uso gratuito, sem que fossem criadas entretanto alternativas viáveis.

Miguel Viegas critica, por isso, um sistema de pagamento que "é apenas uma forma de extorsão aos contribuintes".

"As portagens na A29 e na A25 são uma autêntica aberração, porque essas vias já existiam antes, há décadas, e foram pagas com fundos estruturais, com os impostos de toda a gente", explica. "A partir do momento em que alguém foi lá colocar os pórticos das portagens, está-se simplesmente a obrigar as pessoas a pagarem duas vezes pela mesma estrutura", conclui.

Lusa