Há muito meses que Fátima Lopes tenta salvar uma das suas empresas, a Fátima Lopes Lda. No entanto, a estilista viu os tribunais negarem as intenções de reestruturação, que antes já tinham sido aprovadas.
O destino da empresa pode ser mesmo o fecho de portas. Uma situação que Fátima Lopes lamenta. “Há 22 anos que tenho esta empresa. É a minha primeira empresa. A empresa, na altura, nasceu com um cariz de indústria. Na verdade, falamos de um a mini fábrica. Mas os tempos mudaram e a empresa tinha mesmo de ser reestruturada”, avançou.
“As pessoas, com a crise, deixaram de estar disponíveis para comprar roupa tão cara. Roupa de autor. A estrutura da empresa jamais poderia continuar a ser viável. Havia mesmo necessidade de reestruturar. O ano passado fiz o PER (Processo de Revitalização da Empresa). Era a única forma de ser viável. E foi aprovado pela maioria. Estamos a falar de 80% dos credores”, começa por explicar Fátima Lopes, acrescentando: “Houve um credor, que não chega a 1%, que fez com que tudo voltasse atrás. De qualquer forma, não aceitei a decisão e decidi recorrer. Mas se não se resolver a tempo, o passo seguinte é a insolvência”, admite.
“O recurso não suspende o processo de insolvência. É incrível e triste. Tentei tudo. Aguentei o máximo que pude. Ser empresário hoje em dia é ser suicida. Arrisca tudo e é sempre o mais prejudicado. Estou muito desiludida”, não esconde a estilista.
