O primeiro-ministro David Cameron disse este sábado que o Reino Unido se deve “preparar para que haja um grande número de britânicos entre as vítimas do ataque selvagem na Tunísia”, que causou pelo menos 38 mortos.
Na sexta-feira, um homem armado abriu fogo sobre a praia e as piscinas do hotel Riu Imperial Marhaba, em Kantaoui, perto da estância balnear de Sousse, na costa sul da Tunísia.
O atentado, levado a cabo por um estudante tunisino que escondia uma arma num guarda-sol e se fez passar por turista, foi reivindicado pelo autodesignado Estado Islâmico, grupo fundamentalista que pretende instaurar um califado islâmico na Síria e no Iraque.
Até agora, as autoridades tunisinas sinalizaram oito cidadãos britânicos entre as primeiras dez vítimas mortais já identificadas, num total de 38 confirmadas.
“Receio que a opinião pública britânica precise de se preparar para o facto de muitos dos mortos serem britânicos”, reconheceu David Cameron, à porta da residência oficial de Downing Street, no final de uma reunião de emergência do Governo.
O primeiro-ministro não adiantou qualquer número preciso, mas garantiu que o Executivo está a apoiar as vítimas e continua determinado em combater o terrorismo.
Enquanto isso, 2.500 turistas britânicos já foram repatriados este sábado e, em dez aviões fretados pelo operador de viagens Thomson e First Choice, tendo os primeiros já aterrado no aeroporto de Manchester, onde desembarcaram em lágrimas, segundo conta a agência francesa AFP.
“Alguns dos nossos clientes morreram ou ficaram feridos”, disse o operador, que anulou as viagens para a Tunísia agendadas para a próxima semana e propôs destinos alternativos aos seus clientes.
As medidas de segurança na capital britânica foram reforçadas, numa altura em que se aproximam a parada do Orgulho Gay e a cerimónia do Dia das Forças Armadas.
Lusa