Alemanha. Tenham cuidado com os nossos “andaluzes”

Alemanha. Tenham cuidado com os nossos “andaluzes”


Adversário das meias-finais confunde-nos com espanhóis. Talvez  William, Bernardo e C.a lhes possam mostrar o caminho de volta a casa.


“A Alemanha sub-21 jogou pela última vez com os seus homólogos portugueses em Maio de 2011, com os andaluzes a vencerem por 4-2 nessa ocasião, em Portimão.” O texto está no site da federação germânica, em jeito de antevisão ao Portugal-Alemanha das meias-finais do Europeu sub-21. Provocação ou mera ignorância, pouco interessará quando se ouvir o apito inicial. A selecção nacional tem um historial positivo contra os alemães e, depois do brilhante caminho até à fase final (dez vitórias seguidas), só pode pensar em enviar o adversário para casa.

Desde o título europeu conquistado em 2009 (4-0 à Inglaterra na final), com uma geração de ouro em que despontava Neuer, Boateng, Hummels, Khedira ou Özil, a Alemanha apagou-se na competição. Dois anos depois nem se qualificou e em 2013 ficou na fase de grupos. Porém, Portugal não tem o caminho nada facilitado para a final. Em conjunto, os sub-21 alemães têm mais de 1200 jogos na Bundesliga, o que diz muito sobre a larga experiência dos jovens futebolistas.

A qualidade começa logo na baliza, onde Ter Stegen é o titular. Oguarda--redes do Barcelona juntou-se mais tarde ao estágio devido à final da Champions, onde venceu o título mais apetecível a nível de clubes. Osuplente é Leno, guardião do Bayer, com mais de 150 jogos na primeira equipa. Há ainda Emre Can, do Liverpool, Matthias Ginter, do Dortmund (fez parte da selecção A alemã que foi campeã do Mundo em 2014, no Brasil), Max Meyer, do Schalke, ou Maxi Arnold, do Wolfsburgo.

Não há dúvidas, a equipa de Rui Jorge tem muito para se preocupar com este adversário. Com a presença nas meias--finais, os jovens alemães já conseguiram também um feito assinalável: a qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Desde 1988 que a selecção germânica não participava na maior competição desportiva do planeta.

imitar a geração de ouro Quando entrar no relvado do Ander Stadium, em Olomouc (Rep. Checa), Portugal terá de se lembrar que a máxima “são 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha” só costuma valer nas selecções AA. Nos sub-21, a equipa das quinas tem um historial positivo contra o rival de hoje. Nas duas últimas vezes que os países se encontraram na fase final do Europeu, em 2004 e 2006, Portugal venceu (2-1 e 1-0, ambas na fase de grupos). A única derrota em seis confrontos aconteceu em 1998, por 2-1.

Apesar de só ter marcado dois golos no Europeu, a selecção liderada por Rui Jorge terminou no 1.o lugar do grupo B. Com jogadores como José Sá, William, João Mário, Bernardo Silva, Ricardo, e ainda Paciência eIuri (a dupla que tem saído com sucesso do banco de suplentes), Portugal tem de pensar na final, que escapa desde 1994 – com a geração de ouro, de Figo, Rui Costa e JVP. Opercurso destes jovens tem sido brilhante. Por isso, Alemanha, cuidado com os “andaluzes”. O sonho está bem vivo.

O outro finalista sairá do duelo escandinavo entre a Dinamarca e a Suécia, agendado para as 20h00.

Portugal-Alemanha, às 17h00, na RTP