O Presidente russo, Vladimir Putin, telefonou na quinta-feira ao homólogo norte-americano, Barack Obama, para falar dos desenvolvimentos no Médio Oriente, ligados ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico, e da situação na Ucrânia, anunciou a Casa Branca em comunicado.
Os dois chefes de Estado debateram também a "situação cada vez mais perigosa na Síria" e sublinharam a importância de manter a unidade das potências internacionais nas conversações com o Irão para evitar que o país se dote de armas nucleares.
O Irão e o grupo 5+1 (Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) entram no próximo fim de semana, em Viena, e sem garantia de êxito, na recta final de uma maratona de negociações para fechar o espinhoso dossiê nuclear iraniano antes do prazo de 30 de Junho.
Além disso, segundo a Casa Branca, os dois presidentes abordaram "a necessidade" de deter o grupo ultra-radical Estado Islâmico (EI), que controla grandes parcelas de território no Iraque e na Síria.
Por sua vez, Barack Obama insistiu novamente em que Moscovo deve "respeitar os seus compromissos" no âmbito dos acordos de Minsk para solucionar o conflito na Ucrânia, o que se traduz, em particular, na retirada por parte da Rússia "da totalidade das tropas e do equipamento militar russo estacionado em território ucraniano".
Apesar do cessar-fogo instaurado a 15 de Fevereiro deste ano, após a assinatura dos acordos de paz de Minsk, o leste da Ucrânia foi palco de uma escalada da violência no início de Junho. A intensidade dos combates diminuiu em seguida, mas há ainda confrontos sangrentos em curso regularmente.
Lusa