Créditos, fins-de-semana e universidades na lama


Quem responderá pela vida profissional de todos aqueles que serão prejudicados por estas trapalhadas de reitores e quejandos?


As universidades portuguesas mereciam melhor sorte e deveriam ser notícia pelos trabalhos que desenvolvem. É certo que nos últimos anos não faltaram notícias de excelentes estudos, várias com destaque até na comunicação social estrangeira. Mas para consumo interno a história tem sido bem diferente. Ao boom de cursos que não tinham qualquer ligação à realidade, levando milhares de jovens a estudarem para coisa nenhuma, seguiram-se os escândalos das trapalhadas das políticas seguidas por muitas faculdades. Algumas chegaram mesmo a fechar por indecência e má figura.

Enquanto isso, muitos daqueles que tiraram o seu curso de uma forma séria viram-se prejudicados na procura de emprego sempre que mostravam o canudo. “Ai foi tirado na universidade Y? Então deve ter sido comprado na Farinha Amparo.” Com isso prejudicaram-se milhares de pessoas e foram poucos os reitores e administradores que responderam pela sua desonestidade e incompetência.

Políticos Mas os escândalos ganharam outros contornos com as notícias sobre um político que chegou a primeiro-ministro e teve a facilidade de fazer o curso durante o fim-de-semana, ou de outro político, que também chegou a ministro, e teve a oportunidade de apresentar créditos, leia-se currículo, como equivalência para várias disciplinas.

Isto é: passou sem fazer as cadeiras. Com os novos dados apresentados esta semana – refira-se que toda a comunicação social cumpriu o embargo combinado entre os seus pares até à meia-noite de terça-feira –, a Universidade Lusófona fica em muito maus lençóis. O i apurou que Nuno Crato, ministro da Educação, pondera fechar a universidade, mas só quer lançar a bomba atómica em última instância. Mais uma vez se pergunta: quem responderá pela vida profissional de todos aqueles que serão prejudicados por estas trapalhadas de reitores e quejandos?

Créditos, fins-de-semana e universidades na lama


Quem responderá pela vida profissional de todos aqueles que serão prejudicados por estas trapalhadas de reitores e quejandos?


As universidades portuguesas mereciam melhor sorte e deveriam ser notícia pelos trabalhos que desenvolvem. É certo que nos últimos anos não faltaram notícias de excelentes estudos, várias com destaque até na comunicação social estrangeira. Mas para consumo interno a história tem sido bem diferente. Ao boom de cursos que não tinham qualquer ligação à realidade, levando milhares de jovens a estudarem para coisa nenhuma, seguiram-se os escândalos das trapalhadas das políticas seguidas por muitas faculdades. Algumas chegaram mesmo a fechar por indecência e má figura.

Enquanto isso, muitos daqueles que tiraram o seu curso de uma forma séria viram-se prejudicados na procura de emprego sempre que mostravam o canudo. “Ai foi tirado na universidade Y? Então deve ter sido comprado na Farinha Amparo.” Com isso prejudicaram-se milhares de pessoas e foram poucos os reitores e administradores que responderam pela sua desonestidade e incompetência.

Políticos Mas os escândalos ganharam outros contornos com as notícias sobre um político que chegou a primeiro-ministro e teve a facilidade de fazer o curso durante o fim-de-semana, ou de outro político, que também chegou a ministro, e teve a oportunidade de apresentar créditos, leia-se currículo, como equivalência para várias disciplinas.

Isto é: passou sem fazer as cadeiras. Com os novos dados apresentados esta semana – refira-se que toda a comunicação social cumpriu o embargo combinado entre os seus pares até à meia-noite de terça-feira –, a Universidade Lusófona fica em muito maus lençóis. O i apurou que Nuno Crato, ministro da Educação, pondera fechar a universidade, mas só quer lançar a bomba atómica em última instância. Mais uma vez se pergunta: quem responderá pela vida profissional de todos aqueles que serão prejudicados por estas trapalhadas de reitores e quejandos?