TAP. Pires de Lima garante ligações a África além dos próximos dez anos

TAP. Pires de Lima garante ligações a África além dos próximos dez anos


Ministro considera que isso está garantido porque “qualquer governo que tenha funções de representação do Estado terá o cuidado de definir essas obrigações de serviço público”.


O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse esta terça-feira, em Luanda, que as ligações aéreas de Portugal para os países africanos de língua portuguesa estão garantidas, após a privatização da TAP, além dos próximo dez anos.

Questionado durante a visita oficial que está a realizar a Luanda, na véspera da assinatura do contrato de venda de 61 por cento do capital social da transportadora aérea portuguesa ao consórcio Gateway, o agrupamento vencedor da privatização, o ministro recordou que a nova gestão da TAP vai ter "obrigações de serviço público" nos próximos dez anos.

"Para além dos dez anos, as ligações a África, e Angola em concreto, estão garantidas", afirmou, justificando tratar-se de um serviço "comercialmente necessário e rentável".

"Em segundo lugar, qualquer governo que tenha funções de representação do Estado terá o cuidado de definir essas obrigações de serviço público para além dos 10 anos. Portanto, essa é uma matéria que está completamente protegida, tanto nos próximos dez anos como no período que vai para além dos próximos dez anos", disse Pires de Lima.

O ministro português admitiu, ainda, as dificuldades que a transportadora aérea portuguesa tem enfrentado com a falta de divisas em Angola, o que no início do ano levou a TAP a suspender a venda de bilhetes, em Luanda, com rotas iniciadas fora do país.

Em causa estão as dificuldades no envio de divisas relativas às vendas em Angola para Portugal, face à crise cambial que se faz sentir no país, decorrente da quebra nas receitas angolanos com a exportação de petróleo.

"É um valor relativamente pequeno e que está a ser acompanhado pela própria administração da TAP. Não creio que venham daí quaisquer problemas", afirmou. Sem, no entanto, confirmar que o montante retido em Angola, conforme noticiado em Janeiro, ronde os 30 milhões de euros.

Lusa