Lisboa


Por mim gosto que a minha cidade seja também a cidade preferida por milhões de estrangeiros. Eles, como nós, seguem o recado de João Villaret: “Vai por mim beijar a Estrela, e abraçar a Madragoa.”


Lisboa é o cais de quem não quer partir,
Lisboa é o cais de quem só quer chegar.

José Luís Gordo

Li recentemente num jornal diário este título: “Lisboetas sentem-se cada vez mais acossados pelos turistas.”
Pensei que se tratava de um exercício de ironia e avancei para o texto.

“Eles aí estão, aos magotes. E hão-de vir mais. Mas quem vive em Lisboa começa a olhar assustado para a invasão.”
Assim rezava o início do texto. Nem mais nem menos. Estamos perante uma “invasão” de turistas “aos magotes” e por isso os lisboetas já estão “assustados”.

Lisboa está como nunca esteve. Oferece aos habitantes, e obviamente aos turistas, possibilidades únicas, que poucas cidades do mundo oferecem.

Finalmente os lisboetas usufruem do seu rio. A praça que é o cartão-de-visita de Lisboa tem finalmente vida. Mas já há quem embirre com algumas esplanadas porque têm luzinhas a mais.

Enfim.

Em vez de pressionar as autoridades camarárias para garantirem que a cidade esteja limpa, com segurança e cada vez mais renovada, erguem-se vozes contra a “invasão dos turistas”.

Coitados dos parisienses ou dos romanos. Com tanta pressão turística, e já há tantos anos, devem ter endoidecido.
Por mim gosto que a minha cidade seja também a cidade preferida por milhões de estrangeiros. Eles, como nós, seguem o recado de João Villaret: “Vai por mim beijar a Estrela, e abraçar a Madragoa.”

Escreve à segunda-feira

Lisboa


Por mim gosto que a minha cidade seja também a cidade preferida por milhões de estrangeiros. Eles, como nós, seguem o recado de João Villaret: “Vai por mim beijar a Estrela, e abraçar a Madragoa.”


Lisboa é o cais de quem não quer partir,
Lisboa é o cais de quem só quer chegar.

José Luís Gordo

Li recentemente num jornal diário este título: “Lisboetas sentem-se cada vez mais acossados pelos turistas.”
Pensei que se tratava de um exercício de ironia e avancei para o texto.

“Eles aí estão, aos magotes. E hão-de vir mais. Mas quem vive em Lisboa começa a olhar assustado para a invasão.”
Assim rezava o início do texto. Nem mais nem menos. Estamos perante uma “invasão” de turistas “aos magotes” e por isso os lisboetas já estão “assustados”.

Lisboa está como nunca esteve. Oferece aos habitantes, e obviamente aos turistas, possibilidades únicas, que poucas cidades do mundo oferecem.

Finalmente os lisboetas usufruem do seu rio. A praça que é o cartão-de-visita de Lisboa tem finalmente vida. Mas já há quem embirre com algumas esplanadas porque têm luzinhas a mais.

Enfim.

Em vez de pressionar as autoridades camarárias para garantirem que a cidade esteja limpa, com segurança e cada vez mais renovada, erguem-se vozes contra a “invasão dos turistas”.

Coitados dos parisienses ou dos romanos. Com tanta pressão turística, e já há tantos anos, devem ter endoidecido.
Por mim gosto que a minha cidade seja também a cidade preferida por milhões de estrangeiros. Eles, como nós, seguem o recado de João Villaret: “Vai por mim beijar a Estrela, e abraçar a Madragoa.”

Escreve à segunda-feira