Os senhores da Opel que apresentaram o Karl, na Holanda, ficaram um bocadinho zangados quando alguém o definiu como o low-cost da Opel. É apenas uma questão de afinar conceitos: se por low- -cost se entender mais carro por menos dinheiro, então o Karl é mesmo um low- -cost. Se, pelo contrário, se por low-cost se entender produto de pior qualidade, coisa baratuxa, então o Karl não é, efectivamente, um low-cost.
Segundo os manda-chuvas da marca alemã, o Karl é um citadino acessível, espaçoso e bem equipado que constitui a entrada na gama Opel. Uma escolha racional, um automóvel de cinco portas e cinco lugares, com 3,68 m de comprimento, uma única motorização de 1 litro, normalmente aspirado, com 75 cv, acoplado a uma caixa de cinco velocidades, o que lhe permite uma utilização muito prática em terrenos urbanos e suburbanos, os seus lugares de eleição.
Repare- se que o Opel Adam, com o mesmo bloco de 999 c.c. (embora com 115 cv de potência, devido à tecnologia turbo), custa, na sua versão mais barata, cerca de 15 900€ (mas ninguém se fica por aqui, porque este carro é uma tentação para fazer personalizações), enquanto o Karl custa uns simpáticos 11 850€, com uma única motorização e um único nível de equipamento. Neste segmento, 4 mil euros é muito dinheiro. Daí que na entrada tenhamos chamado ao Adam um carro chique, com apenas carroçaria de 3 portas e 4 lugares (onde se englobam também Fiat 500, Mini e Nissan Juke, por exemplo) e do Karl não temos receio de dizer que é um low-cost, de 5 portas e 5 lugares, pescando nas mesmas águas que VW Up!, Seat Mii, Skoda Citigo, Renault Twingo, Peugeot 108, Citroën C1, Toyota Aygo, Hyundai i10, Kia Picanto ou Fiat Panda, todos dentro do seu tamanho, e ainda o Dacia Sandero, que está um segmento acima em tamanho, que não em preço.
E não se julgue também que o Karl é mal equipado. Como referimos, existe apenas numa única versão que vem equipada com ABS, programa electrónico de estabilidade ESP Plus, sistema de controlo de tracção TCPlus e sistema de assistência ao arranque em subidas (Hill Start Assist), seis airbags (frontais e laterais para o condutor e o passageiro, e de cortina nos lugares dianteiros e traseiros).
A nível de conforto, destaque para a direcção assistida variável de acordo com a velocidade, com modo City, programador de velocidade com limitador, vidros eléctricos nos lugares da frente, vidros traseiros de abertura descendente, ar condicionado com controlo electrónico, volante forrado a couro e vidros com isolamento térmico e acústico.
No capítulo da conectividade de informação e entretenimento, disponíveis para encomenda a partir do Outono de 2015 e com entregas a partir do início de 2016, o Karl pode receber, em opção, o sistema de informação e entretenimento IntelliLink da mais recente geração, com integração de telefone Apple CarPlay e Android Auto, juntamente com o sistema de assistência e conectividade Opel OnStar.
Para já, como opcional existe o pack Style, no valor de 450€, que engloba jantes de liga leve de 15”, faróis de nevoeiro e avisador de mudança de faixa de rodagem. Como campanha de lançamento, a Opel oferece este pack gratuitamente. Com a entrega de um veículo para retoma recebe ainda mil euros, a mesma quantia que receberá se optar pelo financiamento da Opel Finance. Isto significa que o Opel Karl pode ser adquirido por cerca de 10 mil euros…
Falta acrescentar o mais importante: ao volante, o Karl não desilude, antes pelo contrário. Tem boa desenvoltura, é razoavelmente bem insonorizado e o conjunto mostra boa solidez, quer no que toca a rolamentos de carroçaria, quer ao trabalho da suspensão. O motor de três cilindros tem um comportamento muito progressivo, e também a caixa é bem agradável.
Já está disponível para encomenda nos concessionários da marca, com as primeiras unidades a chegarem ao mercado no final deste mês.
