Ele pode um dia vir a ser um génio criador de canções únicas e abençoadas pela graça do divino que há no meio da música pop. Mas até ver falta-lhe qualquer coisa. Tem a voz certa, no tom, na colocação, na gravilha, no swing que o vemos carregar só de lhe escutar os versos que vai entoando. Sabe o que lhe fica bem, quando deve parar ou começar, qual é o andamento certo que a soul tem para lhe oferecer a cada momento.
Memorizou até ao limite os ensinamentos de Smokey Robinson, Marvin Gaye, da Motown em particular, da música suada e sentida em geral. De tal maneira assim é que quem o vir, quem o ouvir, vai achar que é tudo coisa do antigamente. É uma obsessão que soa bem, que não falha, um encanto que Leon Bridges não quer nem pode ultrapassar. Mas é também isso que lhe rouba o ingrediente que falta para isto ser memorável: uma marca pessoal inconfundível que o distinga do resto.