A chanceler alemã falou hoje de manhã aos deputados e afirmou que ainda acredita num acordo com a Grécia. Num ambiente de grande pessimismo e com diversos países a preparem-se para a saída da Atenas da zona euro e da União Europeia, a dura Merkel é agora a tábua de salvação do Syriza.
Pressionada pelos eu amigo Barack Obama, que por razões geoestratégicas teme a saída da Grécia do espaço ocidental para se atirar para os braços da Rússia e da China, Merkel é vista em Atenas pelos ministros do Syriza como a mulher que pode impor um acordo que a maioria dos países da zona euro rejeitam.
A reunião de hoje do Eurogrupo e o fim-de-semana alucinante que se avizinha dirão se os desejos de Merkel e a sua força política saem vencedores desta longa batalha entre Bruxelas e Atenas. Mas mesmo que ganhe esta batalha, é natural que Merkel sofra baixas importantes no seu governo. O primeiro a bater com a porta será de certeza Wolfgang Schäuble, o poderoso ministro das Finanças alemão.