Está há muito resolvida a questão sobre se vale a pena ou não ver este filme, se vamos gostar, se nos vai convencer, se está bem feito… Esqueçamos tudo isso.
O que interessa é lançar a dúvida um nível acima: será este o melhor filme da Pixar? É isto que importa decidir. Se for preciso rever o que está para trás, então que assim seja, porque “Divertida-Mente” (“Inside Out” no original) é a mais perfeita das histórias contada através da mais genial das fórmulas. Acompanhamos Riley, garota de 11 anos que dá por si no meio de angústias compreensíveis quando descobre que vai ter de mudar de casa.
Estamos lá para ver a forma como ela lida com o dilema, mas fazemo-lo a partir de dentro. Passamos a conhecer o interior do cérebro de Riley e as emoções que a controlam: Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Repulsa. Assim mesmo, com letra maiúscula, que neste filme são elas as personagens, os heróis principais. A Alegria (Amy Poehler) e a Tristeza (Phyllis Smith) têm um acidente e perdem-se pelo sistema nervoso de Riley; a epopeia de voltar para onde pertencem gera atitudes e comportamentos inesperados; de repente estamos dentro dos cérebros de toda a família de Riley; mais: em menos de nada estamos a pensar nas figuras que as nossas próprias emoções têm; sim, temos a certeza, somos todos feitos de pequenos seres coloridos e não sabíamos.
Precisamos de ver este filme outra vez. E outra vez. Isto é perfeito.